Desperdício

Mourão gastou R$ 3,8 milhões com o cartão corporativo nos quatro anos de mandato como vice

Informações foram divulgadas nesta segunda-feira (13) pela agência Fiquem Sabendo, em parceria com O Estado de S. Paulo

Hamilton MourãoHamilton Mourão - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) gastou R$ 3,8 milhões no cartão corporativo nos quatro anos em que ocupou o cargo. Corrigida pela inflação, a cifra supera R$ 4,1 milhões. Deste total, R$ 1,5 milhão corresponde a 2022, mesmo ano em que Mourão concorreu ao cargo de senador. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

As revelações sobre o cartão corporativo de Mourão foram tornadas públicas pela agência Fiquem Sabendo, também responsável por apurar os montantes gastos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato.

Os gastos do general superaram os do seu antecessor, Michel Temer (MDB-SP) quando ocupou o cargo de vice-presidente no governo Dilma Rousseff (PT). Temer  gastou pouco mais de R$ 3,4 milhões, em valores atualizados pela inflação. O general, portanto, gastou aproxidamente R$ 720 mil a mais do que Temer neste quesito.

De acordo com a Fiquem Sabendo, Mourão, assim como Bolsonaro, gastou boa parte do dinheiro do cartão corporativo com itens luxuosos (carnes, frutos do mar e compras em mercados gourmet).

As notas fiscais dão conta, por exemplo, que Mourão gastou mais de R$ 1 mil na La Boutique, uma padaria no estilo francês, que fica em Brasília. O general também utilizou o cartão para comprar mais de R$ 9,3 mil em doces na Sweet Cake, também na capital federal.

Os gastos incluem, ainda, quase R$ 90 mil na Ueda Pescados, mesma peixaria que abastecia a dispensa de Bolsonaro. Também de acordo com a Fiquem Sabendo, Mourão ainda usou o cartão corporativo durante suas viagens ao exterior.

Neste caso, o valor desembolsado pelo ex-vice-presidente no cartão é de R$ 662 mil, a maior parte em passagens aéreas. Procurado pelo O Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira (13), Mourão se limitou a afirmar que o cartão corporativo não ficava em posse dele, mas dos auxiliares.
 

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