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Invasão

Mourão, Magno Malta e Marinho pedem ao STF libertação de presos por participação dos atos golpistas

Senadores da oposição se reuniram com a presidente da Corte, ministra Rosa Weber

Mourão, Magno Malta e Rogério MarinhoMourão, Magno Malta e Rogério Marinho - Foto: Divulgação

Os senadores Hamilton Mourão, Magno Malta e Rogério Marinho se reuniram com à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e pediram que ela avalie a situação dos bolsonaristas presos por suspeita de participação dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Os parlamentares, que são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), querem a libertação das pessoas que cometeram atos de menor dano e a transferência dos presos para seus estados.

Ao final do encontro, que durou pouco mais de uma hora e ocorreu no gabinete da ministra, o senador Rogério Marinho afirmou que entre os pleitos feitos pelos líderes também está a "individualização das condutas" dos detidos. Segundo o senador, é importante separar quem cometeu crimes durante as invasões e quem foi preso por estar "apenas no QG do Exército".

Os senadores também solicitaram à presidente do STF uma mediação para conseguir uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator das investigações envolvendo os presos no 8 de janeiro.

— Nossa preocupação é na agilidade do processo e tratar da situação dos que estão encarcerados tanto na Papuda quanto na Colmeia. Todos nós deploramos o que aconteceu, mas o fato é que há uma necessidade, e tivemos a simpatia da ministra, de que haja a individualização dos delitos para que aqueles que não devem possam ser liberados e aqueles flagrados possam ter a imputação adequada — afirmou Marinho na saída do encontro.

De acordo com os parlamentares, a reunião teve um tom cordial, e foi solicitada por eles. Ainda segundo Marinho, algumas pessoas que foram presas teriam chegado após os atos de terrorismo e, por isso, não poderiam permanecer com o mesmo tratamento dispensado aos presos em flagrante.

— É necessário fortalecer a democracia brasileira e nós esperamos que com uma eventual reunião com Moraes, ao longo dos próximos dias, possamos ter essa condição de ter essa individualização para separarmos o joio do trigo — afirmou.

A presidência da Corte ainda não informou se o pleito para uma audiência com Moraes foi atendido e se há alguma data prevista para esta nova reunião. Cerca de 942 pessoas seguem presas em Brasília por participação nos atos de 8 de janeiro.

Em nota divulgada antes do encontro, oito senadores que integram a oposição afirmam que "entre 8 e 12 de janeiro, a população da penitenciária aumentou de 1 mil para 1,6 mil em decorrência de prisões relacionadas aos atos de ataque às sedes dos Três Poderes".

"A alta ocupação reflete na qualidade do fornecimento da alimentação aos presos e no atendimento de saúde, conforme verificado no local. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal relatou ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência de presos que moram em outros Estados, pois apenas 30 teriam residência na Capital Federal", diz o texto.

De acordo com a nota, Marinho, e a líder do PP no Senado, Tereza Cristina, foram recebidos pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, e fizeram o mesmo pleito dirigido a Rosa.

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