'Mourão pode ser o que ele quiser', diz Flávio Bolsonaro sobre futuro do vice-presidente
Articulador político do pai, Flávio disse que ainda é cedo para definir o vice-presidente
O senador Flávio Bolsonaro disse nesta terça-feira (30) que a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL é um passo importante para dar início à pré-campanha da reeleição. Ao chegar no evento de filiação de Bolsonaro, Flávio afirmou que a candidatura de Bolsonaro deve reunir cinco ou mais partidos na coligação.
Articulador político do pai, Flávio disse que ainda é cedo para definir o vice-presidente. Apesar de Bolsonaro já ter avisado o vice Hamilton Mourão que ele deve procurar um "paraquedas", sinalizando que não terá espaço numa chapa de 2022, como mostrou O GLOBO, o senador evitou dizer que o general está fora dos planos. E disse que Mourão pode ser o que quiser. O vice, filiado ao PRTB, tem convites de diversos partidos para sair candidato pelo Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
"O Mourão é um grande quadro, que tem manifestado a possibilidade de ser candidato a alguma coisa. Se chegar no entendimento com o presidente Bolsonaro de como ele pode colaborar, pode nos ajudar muito. Pode ser vice-presidente, senador, governador, deputado, pode ser o que ele quiser porque ele é uma figura nacional, inclusive ser candidato em diferentes estados", disse o senador.
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Flávio afirmou que o perfil do vice dependerá de uma composição dos partidos. Mas o quadro ideal é de um nome alinhado ao presidente, de extrema confiança e que possa dar capilaridade ao projeto de reeleição de Bolsonaro. Um dos cotados é o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que deve se filiar ao PP.
"Temos excelentes quadros. Fábio Faria é um, não vou citar outros que vou acabar esquecendo e pode gerar algum tipo de situação. Independente de partido, certamente de um partido que esteja na nossa coalisão. O PP é um que nós acreditamos que está conosco desde o início, onde já estivemos por vários anos e estará conosco no ano que vem", disse.
Flávio Bolsonaro, que trocou nesta manhã o Patriota pelo PL, disse que o partido comandado por Valdemar Costa Neto dá a estrutura que o presidente precisa para a campanha da reeleição.
"É um passo importante que a gente queria ter dado há mais tempo do presidente ele faz a opção que achou a correta que no mei entendimento foi importante ele ter ido para um grande partido. O PL dá uma musculatura ainda maior do que ele já tem", disse Flávio Bolsonaro.
Flávio disse ter a sinalização de que a coligação em torno da candidatura reúna, além de PL, PP e Republicanos, outros partidos que já estão na base. Segundo ele, a previsão é ter cinco ou mais legendas nessa aliança.
"Já a sinalização daqueles que estão conosco desde o início do governo, votando conosco no Congresso e apoiando nossas bandeiras e entendendo que temos muitas pautas em comum em especial nossa liberdade, direitos de ir e vir, combate a corrupção, legítima defesa, princípios que são judaicos-cristãos. Estamos felizes com a colisão que espontaneamente se forma".