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MP denuncia PM que atirou durante confusão envolvendo Carla Zambelli e apoiador de Lula

Valdecir Silva de Lima Dias foi denunciado por constrangimento ilegal mediante violência e disparo de arma de fogo

Armada, deputasa Carla Zambelli persegue apoiador de Lula em São Paulo Armada, deputasa Carla Zambelli persegue apoiador de Lula em São Paulo  - Foto: Divulgação

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o segurança da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que atirou durante uma confusão envolvendo a parlamentar e um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na véspera do segundo turno, em São Paulo.

O policial militar Valdecir Silva de Lima Dias, de 46 anos, foi denunciado pelo MP-SP na quarta-feira (1°) por constrangimento ilegal mediante violência e disparo de arma de fogo em via pública. O PM, que estava de folga e fazia a segurança da deputada no dia da confusão, chegou até a ser preso em flagrante, mas foi solto depois de pagar fiança. Ele nega ter constrangido a vítima e diz que o disparo foi acidental.

Na denúncia, o MP-SP relata que o PM sacou o revólver de calibre 38, de propriedade da Polícia Militar do Estado de São Paulo e municiado com seis cartuchos íntegros, e perseguiu o jornalista Luan Araújo. Tentou golpeá-lo com a arma de fogo e, depois, efetuou um disparo em sua direção. Após não conseguir acertá-lo, tentou novamente agredi-lo, desta vez com chutes.

Luan, para tentar resguardar a sua integridade física, entrou em uma lanchonete situada na esquina da Alameda Lorena com a Rua Joaquim Eugênio de Lima e, depois de alguns minutos, conseguiu sair do estabelecimento em segurança, acompanhado da Polícia Militar, que prendeu o policial e apreendeu de sua arma de fogo no local.

Relembre o caso
Na véspera do segundo turno, Zambelli sacou uma arma e apontou para um homem no bairro nobre dos Jardins. Ela afirma ter sido hostilizada por "militantes de Lula". E diz ainda que almoçava com o filho de 14 anos quando foi agredida física e verbalmente por apoiadores de Lula. Sua conduta está sendo apurada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em registros que circularam nas redes sociais, é possível ver uma discussão entre Zambelli e Luan. Araújo contou ao GLOBO à época que saía de um chá de bebê quando ouviu a deputada bolsonarista dizer "amanhã é Tarcísio". Araújo disse ter xingado Zambelli nesse momento e defendido voto em Lula, e que a partir de então as pessoas que estavam com a deputada começaram a filmá-lo.

Um vídeo mostra Zambelli se desequilibrando e caindo neste momento. Ela levanta rapidamente e corre atrás de Luan, junto com alguns de seus apoiadores. É possível ver ainda o policial com uma arma e depois o som do disparo.

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