JUSTÇA

MPF denuncia três empresários por financiamento de atos antidemocráticos em MS

Grupo é acusado de bancar comida aos manifestantes, enviar caminhões para fechar rodovia e oferecer estrutura logística para os protestos golpistas

Ministério Público FederalMinistério Público Federal - Foto: MPF/Divulgação

Três empresários do Mato Grosso do Sul foram denunciados nesta quinta-feira (10) por financiarem atos antidemocráticos realizados contra o resultado da eleição presidencial realizada em 30 de outubro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o trio vai responder por "incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade".

Os procuradores acusaram um dono de restaurantes, o proprietário de uma loja de insumos agropecuários e a diretora do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Dourados.

Conforme a denúncia, as investigações identificaram o dono do restaurante como responsável pelo fornecimento de comida aos manifestantes que fecharam o tráfego de veículos na MS-162. Ele foi acusado de oferecer alimentação a centenas de pessoas que encontram-se acampadas em frente à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados.

O dono do restaurante também é acusado de reivindicar a atuação das Forças Armadas contra o Estado Democrático de Direito nas redes sociais.

O empresário do ramo agropecuário, que também não teve o nome divulgado, enviou todos os veículos de sua empresa, mais de 50 carretas, para a frente da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, segundo o MPF.

De acordo com os investigadores, o CTG foi usado, com o consentimento da responsável, para dar apoio ao movimento golpista. Os procuradores afirmam que ela cedeu a estrutura do local, que está localizado próximo ao quartel, para oferecer estrutura logística aos atos antidemocráticos.

"Para além do exercício da liberdade de expressão, os denunciados incentivam atos golpistas e que incitam as Forças Armadas a agirem contra o resultado das eleições legitimamente reconhecido como válidos pelo Tribunal Superior Eleitoral", diz o MPF.

Na denúncia, os procuradores também pedem que os acusados sejam condenados por danos morais coletivos. Foi demandada a indenização no valor de R$ 200 mil para o dono de restaurante e para a responsável pelo CTG. Já o pedido para o dono de loja de insumos agropecuários foi no valor de R$ 400 mil.

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