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PLANO GOLPISTA

Múcio admite que prisões de militares "constrangem" Forças Armadas: "Mas é bom que venham à tona"

Ministro da Defesa diz que responsáveis precisam "pagar por seus delitos"

José Múcio, ministro da DefesaJosé Múcio, ministro da Defesa - Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

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O ministro da Defesa, José Múcio, admite que a prisão de quatro militares na terça-feira (19) por, segundo a Polícia Federal, articularem um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes constrange as Forças Armadas.

Múcio argumenta, porém, ser bom que o episódio venha à tona para que os inocentes “saiam da aura de suspeição”.

— Constrange, mas é bom para as Forças Armadas que essas coisas venham à tona porque eu desejo muito que os responsáveis paguem os seus delitos perante a Justiça. É uma forma de tirar a suspeição de quem não tem culpa — disse o ministro.

Na terça-feira, foram presos o general da reserva Mário Fernandes, e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos” — membros das Forças Especiais. Além dos militares, o policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido.

A investigação da PF indica que os kids pretos utilizaram conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas durante os meses de novembro e dezembro de 2022, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro. O plano também previa a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, que seria integrado pelos próprios envolvidos, para gerir os conflitos decorrentes das operações.

Múcio disse que, como de praxe, o Exército só foi informado na hora em que os mandados estavams sendo cumpridos.

— Nós das Forças Armadas não temos nem informações. A gente tem informação no dia que vai haver a operação. Eu a princípio não entendia isso, mas hoje eu entendo. É uma forma da polícia poder concluir com tranquilidade o inquérito.

Como tem afirmado desde que começaram as investigações que apontaram a participação de militares no 8 de janeiro, Múcio defendeu a punição dos culpados.

— Às forças, interessam o país pacificado. Então eu quero que todos os culpados sejam punidos para os inocentes poderem sair dessa aura de suspeição.

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