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Atos terroristas

Múcio diz que chefe do Batalhão da Guarda Presidencial será punido caso seja provada omissão em atos

Vídeo gravado no interior mostra Hora discutindo com agentes da tropa de choque da PM-DF enquanto golpistas depredavam

José MúcioJosé Múcio - Foto: Douglas Magno/AFP

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o comandante do Batalhão da Guarda Presidencial do Exército, coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, poderá ser punido pelo Exército caso seja provado que ele não agiu corretamente para conter golpistas que invadiram o Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro.

Um vídeo gravado no interior do palácio mostra Hora discutindo com agentes da tropa de choque da PM-DF enquanto golpistas depredavam as sedes dos Três Poderes.

— Esse próprio vídeo eu entreguei, porque mandaram para mim, e está sendo investigado. A minha preocupação e do presidente também é punir quem não merece, mas punir quem merece. Se for provado, ele será condenado — afirmou Múcio durante entrevista à GloboNews.

Segundo o ministro, porém, é preciso evitar condenações precipitadas.

Para Múcio, porém, o principal erro foi ter permitido que os ônibus dos manifestantes golpistas desembarcassem em frente ao Quartel-General na véspera dos atos.

Na ocasião, o Exército já estava sob comando do general Júlio César Arruda, demitido no sábado após desconfiança de Lula. Em seu lugar foi nomeado o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

— Se você perguntar qual foi o erro, foi permitir que as pessoas que vieram nos 130 ônibus para Brasília pudessem entrar no acampamento. Se ficasse do lado de fora, se tivesse ficado numa praça qualquer, o problema é da polícia do GDF. Como entrou no território do Exército, parece que aqueles 200 se multiplicaram e viraram 5 mil.

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