Mulher é presa no RJ por suspeita de financiar atos golpistas
Além da mulher, o bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, o "Júnior Bombeiro', foi detido. A terceira pessoa ainda se encontra foragida
Uma mulher de 48 anos, alvo de operação da Polícia Federal (PF) por financiar atos golpistas, se entregou na noite desta segunda-feira em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A PF cumpre desde esta segunda (16) pela manhã três mandados de prisão temporária no estado do Rio.
Além da mulher, o bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, o "Júnior Bombeiro', foi detido. A terceira pessoa ainda se encontra foragida.
Os três são suspeitos de financiarem "atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas" ocorridas em 8 de janeiro, em Brasília. De acordo com a PF, a investigação busca identificar as lideranças locais que bloquearam as rodovias que passam pelo município.
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Os três são suspeitos de envolvimento no bloqueio de estradas, organização de manifestações em frente aos quartéis do Exército situados na cidade, e de financiar ida aos atos em Brasília, que culminaram na depredação da sede dos Três Poderes no último dia 8.
O mandado de prisão dos três está sob sigilo e a Polícia Federal não detalhou as ações de cada um.
Bombeiro disputou eleição
Preso nesta segunda-feira (16), o subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018. À época, o bombeiro lotado em Guarus, no Norte Fluminense, disputou o pleito pelo Patriota, partido ligado à base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob a alcunha de "Júnior Bombeiro" e obteve 1.260 votos. Ele foi preso em casa.
Em agosto do ano passado, ele foi condenado pela Justiça Eleitoral por mau uso do fundo partidário. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio, o então candidato não prestou suas contas de campanha, motivo pelo qual foi obrigado a devolver R$ 4 mil.
Em 2011, o subtenente chegou a ser preso por participar de uma manifestação liderada por Cabo Daciolo. Na ocasião, o então 1° sargento e seus 429 colegas quebraram 12 viaturas e os portões do Quartel Central do Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) enquanto pediam melhores salários. Júnior tem 33 anos de corporação.
Ao Globo, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que acompanha de perto a Operação.