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8 de janeiro

Mulher que pichou estátua do STF no 8/1 fez carta com desculpa a Moraes

Débora Rodrigues dos Santos, que ré por ato golpista, leu documento durante audiência

No documento, ela afirma que na época não sabia da importância da estátua, mas que depois conheceu a história da obra e do seu autorNo documento, ela afirma que na época não sabia da importância da estátua, mas que depois conheceu a história da obra e do seu autor - Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

A mulher responsável por pichar a estátua A Justiça, que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal ( STF), durante os atos golpistas do 8 de janeiro fez uma carta ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, pedindo desculpas pela sua atitude.

Débora Rodrigues dos Santos é ré no STF, desde agosto, por cinco crimes, incluindo golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ainda não há data para seu julgamento.

Santos leu a carta durante uma audiência de instrução do seu processo, em novembro. No documento, ela afirma que na época não sabia da importância da estátua, mas que depois conheceu a história da obra e do seu autor, o artista mineiro Alfredo Ceschiatti.

Ela escreveu na estátua "Perdeu, mané", frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso (hoje presidente do STF) a um manifestante bolsonarista que o abordou em Nova York, em novembro de 2022. A frase também foi pichada em outros pontos do STF no 8 de janeiro.

Na carta, Santos também pede desculpas à nação brasileira como um todo. Segundo ela, outra pessoa começou a escrever na obra, mas pediu que ela continuasse, porque sua letra seria feia.

Ao votar para receber a denúncia, Moraes destacou o ato de vandalismo. "A denunciada, conforme narrado na denúncia, não só participou das manifestações antidemocráticas como também foi a responsável pelo vandalismo da estátua 'A Justiça', localizada em frente à entrada principal do Supremo Tribunal Federal", escreveu o ministro.

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