Não acredito em justiça climática sem justiça social, diz ministro das Cidades
Jader Filho destacou que a preservação da Amazônia tem sido um dos temas centrais nas discussões de mudanças climáticas
O ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu há pouco que não pode haver justiça climática sem antes que haja justiça social e urbana.
Jader Filho destacou que a preservação da Amazônia tem sido um dos temas centrais nas discussões de mudanças climáticas, mas que, antes, é importante lembrar que cerca de 28 milhões de pessoas vivem na região.
"Essas pessoas não vivem em árvores. A maioria dessas pessoas vivem em cidades. E se não levarmos infraestrutura, bons empregos, educação, saúde e qualidade de vida a essas pessoas, garanto que continuaremos vendo os números serem agravados em relação à região da Amazônia", detalhou o Jader Filho.
O ministro falou durante o encontro de Prefeitos e Secretários de Finanças para promover o financiamento climático nas cidades da América Latina e do Caribe, organizado pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), no âmbito das reuniões do G20, que acontecem nesta semana, no Rio de Janeiro.
"Se queremos solucionar a questão ambiental, primeiro temos que tomar conta das cidades onde essas pessoas estão", reforçou.
Durante sua fala, Jader Filho lembrou que desde o início do governo Lula, em 2023, os números de desmatamento vem caindo e que o Brasil cumprirá a meta de desmatamento zero até 2030.
"Essa é a meta que o Presidente Lula nos deu, e nós vamos alcançá-la. É um compromisso do Brasil com o mundo", reforçou.
Na avaliação do ministro, também é importante fazer com que a regulamentação dos créditos de carbono seja alcançada.
"Se queremos manter nossas florestas, precisamos financiá-las para que os produtores queiram manter a floresta", disse Jader Filho, pontuando ainda que é papel dos bancos de desenvolvimento fazer com que cada vez mais recursos cheguem a essas regiões.