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DECLARAÇÃO

''Não tem um corrupto preso no Brasil hoje'', diz Moro em congresso do MBL

Senador e ex-juiz da operação Lava-Jato atacou a gestão de Lula e ironizou: 'Hoje em dia, se você não for chamado de fascista por esse pessoal, você está fazendo alguma coisa errada'

Sergio MoroSergio Moro - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) aproveitou sua participação no 8º congresso do MBL, realizado neste sábado (4), para enumerar críticas ao governo Lula e lamentar sobre o destino da operação Lava-Jato. Para o parlamentar, as ações "mataram o combate à corrupção", e hoje "não tem um corrupto preso no Brasil".

O senador disse que era importante "resgatar a verdade" para fazer oposição a Lula. Ainda segundo o ex-juiz da Lava-Jato, "não tem um corrupto preso no Brasil", e ninguém investiga porque os procuradores passaram a ser perseguidos e sofrem processos disciplinares.

— O que eles mataram foi o combate à corrupção — declarou Moro, que disse ainda existir um esforço para "reescrever a história para dizer que ladrão não é ladrão e que a Petrobras não foi roubada".

— A gente não pode esquecer o que aconteceu nesse país. Porque, hoje, se a gente for esquecer, nós estamos perdendo essa guerra — disse.

O congresso foi realizado no Parque da Mooca, em São Paulo, com ingressos que variavam entre R$ 250 e R$ 1 mil para acesso VIP. O senador palestrou em uma mesa intitulada "Moro Reage", com a premissa de defender o legado da Lava-Jato.

— Hoje em dia, se você não for chamado de fascista por esse pessoal, você está fazendo alguma coisa errada — ironizou.

Mais adiante, ele conclamou o público a se manter vigilante diante do que julga ser o risco de "perder nossas liberdades fundamentais".

A Lava-Jato vem sofrendo reveses nos últimos anos. Em 2021, o então juiz foi considerado parcial em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo de Lula envolvendo o triplex no Guarujá.

Criado em 2014, em apoio à Lava-Jato e sob o discurso de renovação política, o MBL viveu momentos de crise nos últimos anos, a partir do rompimento com o então presidente Jair Bolsonaro e do vazamento de áudios sexistas do deputado estadual cassado Arthur do Val.

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