BRASIL

No Roda Viva, Rui Costa afirma que Lula pode disputar reeleição

Ministro da Casa Civil considera que petista ficar de fora da próxima eleição "não é fato consumado"

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo em uma cerimônia no Palácio do Planalto O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo em uma cerimônia no Palácio do Planalto  - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito diversas vezes na campanha eleitoral que não disputaria um novo mandato, o recém-empossado ministro Rui Costa, da Casa Civil, afirmou na noite desta segunda-feira que considera a possibilidade de o chefe tentar a reeleição.

O ministro é um dos mais fiéis aliados do presidente Lula. A declaração foi feita ao programa Roda Viva, da TV Cultura:

— Vocês estão partindo de um fato consumado de que o Lula não irá disputar a eleição (...). Eu não parto desse fato consumado.

Em seguida, ao ser cobrado pelos jornalistas da bancada do Roda Viva sobre a promessa de Lula de não voltar a concorrer a um mandato, Costa tentou desconversar, mas acabou reafirmando a possibilidade de o petista não deixar o poder em 2026.

— Lula falou de coração considerando a sua trajetória e a volta dele pra consolidar a democracia. Mas, se tudo der certo, faremos um governo exitoso. E se Lula continuar com energia e o tesão de 20 anos, quem sabe ele faça um novo mandato.
 

"Seitas" bolsonaristas
Ao comentar sobre a persistência dos acampamentos golpistas de bolsonaristas em frente aos quartéis, o ministro disse que os manifestantes se "comportam como seitas" e disse que trata-se apenas de uma minoria da população.

Em outro momento, Costa foi questionado sobre como a nova gestão vai dialogar com o agronegócio. Ele disse discordar de que a revogação de decretos de flexibilização de armas desagradaria o setor.

— Eu não diria que o agro quer armas. O agro quer produzir alimentos, proteína, milho — afirmou Costa.

O ministro da Casa Civil ainda comentou sobre a agenda de reformas do terceiro governo Lula. O ministro disse que a reforma tributária precisa ser feita ainda este ano para promover justiça social e fazer com que os mais ricos paguem mais impostos do que os mais pobres. Ele ainda defendeu mudanças no marco de saneamento e revogações de decretos do ex-presidente Jair Bolsonaro que regulamentaram a lei.

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