Nome de Wellington Dias ganha força para Ministério do Desenvolvimento Social
Tebet já sinalizou que não vai fazer parte do governo caso não seja a escolhida para o ministério
O ex-governador e senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), tornou-se um dos nomes mais cotados para assumir o comando do Ministério do Desenvolvimento Social do futuro governo Lula. A pasta é uma das mais disputadas por ter sob seu guarda-chuva o Bolsa Família e tem provocado entraves com uma importante aliada da campanha eleitoral, a senadora Simonte Tebet (MDB-MS), que cobiçava ocupar o posto.
Como o Globo mostrou, Tebet já sinalizou que não vai fazer parte do governo caso não seja a escolhida para o ministério. Terceira colocada na disputa presidencial deste ano, ela declarou apoio a Lula e participou de atos de campanha durante o segundo turno.
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Dias foi sondado para o cargo e se mostrou interessado. O senador eleito está na linha de frente das articulações pela aprovação da PEC da Transição, que pretende abrir espaço orçamentário para pagamento do Bolsa Família e para manutenção de outros serviços do governo. Segundo interlocutores, Dias virou favorito na corrida pela pasta, mas o martelo ainda não foi batido, devido aos fatores sensíveis que envolvem a escolha. As negociações têm sido conduzidas com discrição.
O PT resiste em entregar o comando do ministério para outro partido, já que o órgão conduzirá o principal programa social do governo. A pasta é vista como uma vitrine eleitoral capaz de projetar seu ministro para disputar o pleito em 2026. Por isso, o PT não quer entregar a pasta a uma possível concorrente da próxima eleição presidencial.
Embora tenha dito no início do mês que já tinha 80% dos ministérios na cabeça, até o momento, Lula anunciou os titulares de apenas 6 das 37 pastas. O presidente atrasou a indicação de ministros devido à necessidade de conciliar interesses dos partidos aliados e diante das negociações envolvendo a PEC da transição.
Até o momento, foram anunciados Fernando Haddad, na Fazenda; Rui Costa, na Casa Civil; Flávio Dino, na Justiça e Segurança Pública; José Múcio, na Defesa; Mauro Vieira, na Relações Institucionais; Margareth Menezes, na Cultura.