MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

"Nós somos de origem libanesa, então não tem como dar errado", diz Tebet sobre relação com Haddad

Senadora e ex-candidata à Presidência da República foi anunciada nesta quinta-feira para a pasta do Planejamento

Haddad, Lula e TebetHaddad, Lula e Tebet - Foto: reprodução/vídeo

A futura ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que irá trabalhar junto com o ministro da Fazenda indicado, Fernando Haddad. Após dias de incerteza e negociações, a senadora e ex-candidata à Presidência da República foi anunciada nesta quinta-feira (29) para a pasta.

O Ministério do Planejamento é fruto da divisão da atual Economia nesta pasta, em Fazenda, Indústria e Comércio Exterior, e Gestão.

— Sem dúvida nenhuma (vamos trabalhar juntos). Nós já começamos tendo três identidades: somos professores universitários, ele tem parentes do meu estado, são amigos em comum, e aí ele me deu a terceira: nós somos de origem libanesa, então não tem como dar errado — disse Tebet.

Histórico
Aos 52 anos, Simone Tebet foi a terceira colocada nas eleições presidenciais de outubro. Única mulher a disputar a cadeira presidencial, encampou a chamada "terceira via" pelo MDB, seu partido, em aliança com PSDB e Cidadania. Ela integra o grupo técnico que discute temas relacionados ao Desenvolvimento Social e o Combate à Fome na transição.

Cotada para assumir o ministério que ficará responsável pelo Bolsa Família, Tebet teve destaque durante a CPI da Covid, na qual ganhou projeção ao contestar com veemência medidas do governo federal, entre elas o atraso na compra das vacinas contra Covid-19. No caso da aquisição da vacina indiana Covaxin, Tebet foi decisiva durante os questionamentos ao deputado Luis Miranda, que denunciou corrupção na negociação do medicamento. Após pressão de Tebet, Miranda citou o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, como suspeito das irregularidades.

Primeira líder da bancada feminina no Senado, que foi criada em março de 2021, também foi a primeira mulher a disputar a Presidência do Senado, em fevereiro do ano passado. Ela perdeu a disputa para o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco.

Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tebet é descendente de libaneses e filha do ex-ministro Ramez Tebet, morto em 2006. Seu pai foi governador de Mato Grosso do Sul, senador e presidente do Senado, além de ter comandado a pasta da Integração Nacional na Esplanada.

Ligada ao agronegócio em seu estado, foi deputada estadual, prefeita de Três Lagoas por dois mandatos e vice-governadora. Casada e mãe de duas filhas, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Veja também

Governo de Minas Gerais suspende "lei seca" durante as eleições de 2024
Eleições

Governo de Minas Gerais suspende "lei seca" durante as eleições de 2024

STF manda pagar pensão vitalícia a ex-governador de MT que ficou 33 dias no cargo
Justiça

STF manda pagar pensão vitalícia a ex-governador de MT que ficou 33 dias no cargo

Newsletter