Anderson Torres

Novo advogado cita doença da mulher e distância de filhas para pedir liberdade de ex-ministro Torres

Eumar Novacki, que assumiu caso, fez elogios à atuação do STF e de Moraes ao solicitar soltura

Anderson TorresAnderson Torres - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A nova equipe de defesa do ex-ministro Anderson Torres apresentou, nesta segunda-feira (10), ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de revogação da prisão preventiva dele. Entre os argumentos apresentados, está o fato de Torres estar distante de suas três filhas, todas menores de idade, o que seria agravado pelo fato de sua esposa estar com câncer.

No fim de março, trocou sua equipe de defesa, que antes era comandada pelo advogado Rodrigo Rocca, e contratou Eumar Roberto Novacki, que já foi chefe da Casa Civil do Distrito Federal no governo de Ibaneis Rocha.

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. No início de março, Moraes, negou outro pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-ministro.

Na manifestação apresentada ao STF, Novacki ressalta que Torres tem três filhas — de nove, 11 e 13 anos — e que é preciso respeitar o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, "de forma a evitar que o poder público, sempre que possível, interfira no seio familiar, privando os filhos do convívio com os pais".

De acordo com o advogado, as filhas apresentaram prejuízo pela distância do pai. "Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer", escreveu. Um trecho de um relatório psicológico também foi anexado.

Além disso, Novacki também fez acenos ao STF, elogiando a atuação da Corte e especificamente do ministro Alexandre de Moraes na reação aos atos de 8 de janero. O advogado afirma que Moraes "mostrou que a impunidade é algo inconcebível no Estado Democrático de Direito" e que o tribunal "agiu com a energia necessária que o momento exigia".

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