Novo exame de Bolsonaro dá positivo para coronavírus, e presidente deve manter isolamento
O presidente, que revelou em 7 de julho ter sido contaminado, só deve voltar ao trabalho presencial após testes clínicos indicarem que ele não tem mais o vírus
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (15) que seu último exame médico ainda detectou a presença do coronavírus. O presidente, que revelou em 7 de julho ter sido contaminado, só deve voltar ao trabalho presencial após testes clínicos indicarem que ele não tem mais o vírus.
"Estou bem graças a Deus, fiz exame ontem de manhã e a à noite deu resultado que ainda estou positivo para a Covid. Espero que nos próximos dias eu faça um novo exame e, se Deus quiser, dê tudo certo para a gente voltar logo à atividade", disse Bolsonaro, em uma live transmitidas em suas redes sociais.
Bolsonaro gravou uma mensagem no jardim em frente ao Palácio da Alvorada. Ele usou a transmissão para novamente defender o uso hidroxicloroquina para o tratamento do coronavírus, embora ainda não haja estudos que comprovem a eficácia do medicamento.
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O presidente é um entusiastas da substância, mas especialistas alertam ainda que há efeitos colaterais associados à sua utilização.
"Graças a Deus estou muito bem. Fui medicado desde início com a hidroxicloroquina, [com] recomendação médica para isso. Me senti melhor logo no dia seguinte, não tive nenhum sintoma forte. [Tive] febre pequena na segunda retrasada (6), 38°C, um pouco de cansaço e dores musculares. E o resto tudo bem", disse Bolsonaro.
Desde que foi diagnosticado com a Covid-19, Bolsonaro tem permanecido em isolamento no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.
Segundo relataram auxiliares, ele se mantém afastado de familiares que moram no Alvorada -a primeira-dama Michelle Bolsonaro, sua filha e enteada. As três já realizaram exame do coronavírus e os resultados foram todos negativos.
Desde o início da crise mundial do coronavírus, Bolsonaro tem dado declarações nas quais busca minimizar os impactos da pandemia e, ao mesmo, tratar como exageradas algumas medidas tomadas no exterior e por governadores de estado no país.
Ele também provocou aglomerações, muitas vezes sem uso de máscara recomendada para evitar o contágio da Covid-19.
Bolsonaro defendeu a hidroxicloroquina na maior parte do vídeo transmitido e também disse que a história julgará "quem estava certo" e "a quem cabe qualquer responsabilidade sobre parte das mortes".
"Coincidência ou não, sabemos que não tem nenhuma comprovação científica, mas deu certo comigo. Não existe medicamento no mundo que tenha comprovação científica constatada, então é uma situação de observação. Deu certo comigo, com muita gente, muitos médicos dizem que hidroxicloroquina funciona", declarou.
"Não estou fazendo nenhuma campanha por medicamento, afinal de contas o custo é baratíssimo. E talvez por causa disso que tem muitas pessoas contra. E outras, parece, por questão ideológica. O que está ocorrendo? Eu não recomendo nada, recomendo que você procure o seu médico e converse com ele. O meu, um médico militar, foi recomendado a hidroxicloroquina e funcionou", concluiu.