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Nunes sobre Tebet não subir ao palanque dele ao lado de Bolsonaro: "É absolutamente natural"

Ministra do Planejamento e Orçamento, que é do mesmo partido do prefeito de São Paulo, disse que fará campanha para Nunes, mas "em dias diferentes" do ex-presidente

Prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo NunesPrefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes - Foto: Wilson Dias, Agência Brasil

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta segunda-feira (1º) que "é absolutamente natural" que a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), não suba ao seu palanque quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estiver. Em entrevista à CNN Brasil na sexta, Tebet disse que estaria junto ao seu correligionário em dias diferentes do ex-presidente.

Nunes afirmou ter uma "frente ampla" em torno de sua candidatura, com "vários setores da política, de pensamentos diferentes", que se uniram "contra a extrema-esquerda". O prefeito ainda acusou seu principal adversário, Guilherme Boulos (PSOL), de ter um histórico de "invasões e agressões".

"Lembro muito bem da ação do Guilherme Boulos na Paulista quebrando e depredando a Fiesp, e dizendo que era pouco, invadindo o Ministério da Fazendo, com essas atitudes que a gente tem infelizmente presenciado por parte dessa pessoa. Existe uma frente ampla verdadeira em torno da nossa candidatura e a Simone Tebet faz parte disso, até do meu partido" falou Nunes durante agenda na manhã desta segunda "Mas como é uma frente ampla, vai ter setores que às vezes não concordam e não têm o mesmo posicionamento ideológico, é absolutamente natural que em algum momento ela venha participar da campanha e escolha um momento que não esteja presente o Bolsonaro. E vice-versa, é natural da democracia."

Tebet havia dito que, até agora, o prefeito não havia lhe dado motivos para não apoiá-lo, mas que iria avaliar sua plataforma de governo.

"Obviamente que vou ver qual é a plataforma de governo dele, se ele vai continuar defendendo a democracia e os valores com os quais eu comungo. O que me recuso é subir num palanque de bolsonarista" concluiu.

Nunes ainda lamentou a desfiliação de todos os vereadores paulistanos do PSDB. A bancada tucana na Câmara Municipal contava com oito parlamentares, mas quatro já saíram e o resto já sinalizou que deve deixar a legenda nos próximos dias. Entretanto, o emedebista minimizou o efeito dessa debandada em sua candidatura, destacando que não foi oficializada a posição da sigla na eleição na capital.

"Eu fiz de tudo pra fortalecer o PSDB, o governo hoje é predominantemente do PSDB, eu pedi para todos os vereadores que ficassem no PSDB. Apesar de que não é o diretor municipal que decide as coligações, a definição será feita pela federação e até o presente momento eu não tive nenhuma sinalização por parte da sinalização de que não estaríamos juntos. A sinalização que eu tenho é que respeitarão o legado do Bruno Covas e a saída dos vereadores não tem uma conexão direta voltada a minha candidatura, o problema é que a janela está fechando e a gente ainda está numa situação de indefinição" acrescentou o prefeito.

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