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O 'climão' de distância e frieza entre Bolsonaro e Mourão em evento no Planalto

Nesse período, presidente e vice nem se olharam ou trocaram palavras, tapas nas costas ou conversas ao pé do ouvido

O clima azedo entre  Bolsonaro e Mourão estava exposto numa solenidade pública e aos olhos dos convidados.O governo festejava o lançamento do Marco Regulatório Trabalhista.O clima azedo entre  Bolsonaro e Mourão estava exposto numa solenidade pública e aos olhos dos convidados.O governo festejava o lançamento do Marco Regulatório Trabalhista. - Foto: Marcelo Camaro / Agência Brasil

Horas depois das críticas de Hamilton Mourão ao uso das emendas do orçamento secreto na Câmara, o vice-presidente se encontrou com Jair Bolsonaro numa solenidade num dos salões do Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira. A execução dessas emendas de relator tem o apoio do presidente.

Bolsonaro e Mourão sentaram-se um ao lado do outro, mas o clima entre os dois era de frieza e distanciamento. Foi assim durante a meia hora de duração do evento.

Nesse período, presidente e vice nem se olharam ou trocaram palavras, tapas nas costas ou conversas ao pé do ouvido. Estavam a meio metro um do outro. O clima azedo entre  Bolsonaro e Mourão estava exposto numa solenidade pública e aos olhos dos convidados.O governo festejava o lançamento do Marco Regulatório Trabalhista.

Antes, os dois desceram juntos a rampa que liga o gabinete do presidente ao Salão Nobre, uma praxe da solenidade. Mas ambos muito sérios e com expressões fechadas. Os dois se cumprimentaram nos momentos protocolares do ato, quando foram anunciados para compor o palco principal, e depois do discurso do presidente. Anunciado o final da solenidade, Mourão se retirou discretamente e não ficou para fotos, cumprimentos e outros salamaleques com os convidados, ao contrário de Bolsonaro.

Mourão, afirmou de manhã que foi "oportuna" a "intervenção" do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução das emendas do relator na Câmara, no chamado "orçamento secreto".

O governo Bolsonaro tem utilizado essas emendas para turbinar os repasses de parlamentares aliados aos seus estados em troca de apoio no Congresso. Trata-se de um artifício pelo qual o relator do Orçamento tem o poder de encaminhar diretamente aos ministérios sugestões de deputados para aplicação de recursos da União. Nesse processo, contudo, não é divulgado o nome do parlamentar que figura como autor de tal solicitação. 

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