Onze advogados desistem de defender Anderson Torres no STF
Ex-ministro do governo Bolsonaro está preso preventivamente por suspeita de colaborar com os atos golpistas do dia 8 de janeiro
Um grupo de 11 advogados deixou a defesa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do portal UOL. O motivo da desistência ainda não é publicamente conhecido. Torres está preso preventivamente por suspeita de colaborar com os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Entre os advogados está Demóstenes Torres, ex-senador cassado por quebra de decoro parlamentar. A lista de desistentes inclui, ainda, Vera Silveira, Eustáquio Silveira, Alexandre Ribeiro, Anamaria Resende, Andressa Gomes, Diego Schmaltz, Fabio Mello, Pedro Teixeira, Thiago Agelune e Ricardo Venâncio.
A desistência dos advogados já foi informada pelo grupo ao STF. No tribunal, o advogado Rodrigo Roca é quem segue na defesa de Anderson Torres. Roca, inclusive, entrou com um pedido de soltura do ex-ministro, negado na semana passada pelo ministro Alexandre de Moraes.
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O pleito mais recente de Torres ao STF, além dos pedidos de soltura, é a autorização para ficar em silêncio e não comparecer diante da CPI do Distrito Federal que apura os ataques golpistas.
O depoimento dele foi agendado para o próximo dia 9, mas os advogados alegam que as investigações já estariam “robustecidas largamente por depoimentos de outros investigados e por prova técnica” e, por isso, decidiram invocar “o direito constitucional de silêncio de investigado e de não comparecimento” dele à CPI.