Os nomes mais especulados para disputar o Planalto se o presidente Lula não for à reeleição
Por incrível que pareça, o que está na cabeça dos aliados do petista é a sucessão dele, em 2026
O presidente Lula não completou sequer cem dias do seu terceiro governo, mas em Brasília não se discute ou se formulam estratégias para as próximas eleições, as municipais, no ano que vem. Por incrível que pareça, o que está na cabeça dos aliados do petista é a sucessão dele, em 2026.
Entre os nomes que se especulam, no caso de Lula não recuar com o propósito de não disputar a reeleição, é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no universo exclusivo do PT. Dizem, aliás, que quando optou por Haddad como czar da economia do seu Governo, Lula deflagrou, de forma implícita, o processo da sua sucessão.
Além de Haddad, no âmbito do PT, as paredes do Palácio têm ouvidos e voz. Falam nos nomes dos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e de Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Também o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que toca o Bolsa-Família, e o ministro da Educação, o cearense Camilo Santana.
Fora da circunferência do PT surgiu uma novidade. Empolgados com o desempenho do ministro da Justiça, Flávio Dino, no depoimento prestado na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, gestores municipais do Maranhão, que vieram a Brasília participar da Marcha dos Prefeitos, lançaram a candidatura de Dino ao Planalto, mesmo faltando quatro anos para as eleições.
“Você deu aqui uma aula de sensatez, de sabedoria. Tem que respeitar o Maranhão e essa mente brilhante que você tem, que nos orgulha e que, brevemente, será o presidente dessa República para que a gente possa ter um País ainda melhor", disse o prefeito de São Mateus (MA), Ivo Rezende, presidente da Federação dos Municípios do Maranhão.
Todos aplaudiram, inclusive Dino, sentado ao lado do prefeito na mesa principal, já após a fala dele em outra comissão. O ministro, em discurso, contou que recebeu um a um dos prefeitos ali presentes e que suas demandas serão atendidas. Até anunciou nomes de assessores que, no Estado, colhem essas reivindicações das Prefeituras. Disse que o mesmo tratamento é dispensado a prefeitos de outros estados.
No final, formou-se uma fila de políticos maranhenses diante do ministro, para fotos e pedidos de gravação de vídeos, em mensagens de garantia de atendimento às demandas das cidades.
Alternativa Alckmin
Ainda racionando com a hipótese de Lula não topar encarar a reeleição, o nome natural que desponta dentro da aliança governista é o do vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula a pasta da Indústria e Comércio. Governador de São Paulo por quatro mandatos, Alckmin, na verdade, está no radar do seu partido, o PSB.
Discreto, Alckmin não sinaliza, entretanto, que esteja picado pela mosca azul. Na Marcha dos Prefeitos, na última terça-feira, fez uma palestra bem comedida, provavelmente para não ser alvo do fogo amigo do PT, especialmente dos que vivem mais na sombra de Lula, tentando fazer a sua cabeça para não desistir da reeleição.