ELEIÇÕES 2024

Pablo Marçal evita contra-atacar Bolsonaro e cita passagem bíblica

O empresário citou a Bíblia para poupar Bolsonaro de críticas

Marçal chegou à Avenida Paulista no fim do ato bolsonarista Marçal chegou à Avenida Paulista no fim do ato bolsonarista  - Foto: Campanha Pablo Marçal / Divulgação

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, evitou contra-atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diretamente, após ter sido barrado ao tentar subir no carro de som do ex-capitão no ato de 7 de setembro.

O empresário citou a Bíblia para poupar Bolsonaro de críticas, comparando a relação de ambos com os personagens bíblicos Saul e Davi.

A passagem que Marçal utilizou para responder perguntas de seus seguidores no Instagram é a dos primeiros reis de Israel, que tinham muitas diferenças, mas eram "ungidos".

"O Davi precisa ter paciência para o reinado de Saul chegar ao fim. Enquanto ele tiver chances, eu vou apoiá-lo, porque sei que foi Deus que o levantou", afirmou.

Neste domingo, 8, Bolsonaro divulgou uma nota acusando Marçal de tentar fazer "palanque às custas dos outros".

Além disso, o ex-presidente compartilhou no Telegram mensagem dizendo que o empresário é "traidor", "arregão" e "aproveitador". Isso se dá por conta da ausência de uma postura mais contumaz de Marçal contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Nas postagens, Marçal nega que tenha sido barrado pelo ex-capitão de subir no carro de som. Segundo ele, quem o impediu de subir foi o pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação.

"Se eu soubesse disso, teria ficado em El Salvador Eu aprendi muito lá a lidar com os criminosos", afirmou o ex-coach.

Na série de publicações (stories) da rede social, Marçal ainda ressalta que não teria feito nada, caso tivesse subido no palanque. Durante o ato, grande parte do público presente usava boné com a letra "M" - símbolo da campanha de Marçal, e até alguns dos candidatos à Câmara dos Vereadores de São Paulo o apoiavam de maneira explícita, como Rubinho Nunes (União Brasil) e Daniel José (Podemos).

"Não é sobre Pablo e Bolsonaro. E sim, sobre a libertação e a prosperidade de um povo", publicou o empresário, que já chegou a criticar o filho do ex-presidente Carlos Bolsonaro, quando o acusou de ser responsável pela derrota do pai para o atual presidente Lula (PT) nas eleições gerais de 2022.

No entanto, eles "se entenderam" após interferência do deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

Já Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato oficial de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida municipal em São Paulo, participou timidamente do evento Ele não teve a palavra em nenhum momento, nem seu nome foi citado pelo locutor do carro de som. De acordo com a assessoria, ele chegou a ir embora antes mesmo do discurso do ex-presidente.

Segundo pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira passada, 5, Marçal e Nunes estão empatados, ambos com 22% das intenções de voto.


 

Veja também

Governo de Minas Gerais suspende "lei seca" durante as eleições de 2024
Eleições

Governo de Minas Gerais suspende "lei seca" durante as eleições de 2024

STF manda pagar pensão vitalícia a ex-governador de MT que ficou 33 dias no cargo
Justiça

STF manda pagar pensão vitalícia a ex-governador de MT que ficou 33 dias no cargo

Newsletter