Pacheco rebate Valdemar após ser cobrado por agir contra o STF
Mais cedo, Valdemar chamou Pacheco de frouxo e disse que operação da PF deflagrada Ramagem é uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu falas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e disse que é difícil manter diálogo com quem faz da política exercício para ampliar e obter ganhos com fundo eleitoral.
“Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema”, disse Pacheco em nota.
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Mais cedo, Valdemar chamou Pacheco de “frouxo” e disse que a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta-feira contra o deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem (PL), é uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
— É mais uma perseguição do ministro Alexandre de Moraes contra bolsonaristas e a direita do país. Mas, isto só ocorre pelo fato de termos um presidente do Congresso frouxo. O Rodrigo Pacheco deveria agir pelo impeachment dele. A função do Ramagem, à frente da Abin sempre foi investigar — disse Valdemar.
Mais cedo, pelas redes sociais, Valdemar já havia publicado críticas à operação da PF que mira Ramagem, tentando vincular o caso ao que chama de "perseguição política" contra Bolsonaro. "Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro", escreveu.
Reação bolsonarista
A operação da PF gera reação por parte de outros aliados nas redes sociais. Um dos que capitaneia a repercussão é o líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ). Em seu Instagram, ele alegou perseguição política contra o partido. "Em uma semana, dois deputados pré-candidatos a prefeito são alvos de buscas e apreensões pela PF. Tudo certo na 'democracia relativa'", escreveu. O perfil de Bolsonaro fez a mesma postagem.
A mensagem do líder da oposição ganhou fôlego e foi compartilhada por outros integrantes da bancada, como Gustavo Gayer (PL-GO).
Já Messias Donato (Republicanos-ES) caracterizou a operação desta manhã como um "desrespeito" e "afronta ao Parlamento". "Ramagem estava conosco ontem nas reuniões na Câmara. A todo custo e a todo tempo querem calar nossa voz. É o segundo deputado conservador perseguido em menos de duas semanas", disse.