Padilha diz que foco do Ministério da Saúde é o atendimento especializado
Ex-ministro de Relações Institucionais do governo assume lugar de Nísia Trindade
O petista Alexandre Padilha tomou posse nesta segunda-feira como ministro da Saúde, no lugar de Nísia Trindade.
Ex-ministro das Relações Institucionais do governo, Padilha entra com a missão de entregar uma nova marca ao terceiro mandato de Lula e afirmou ter como obsessão a diminuição do tempo de espera por atendimento especializado no Brasil.
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— Chego ao Ministério da Saúde com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país.
Todos os dias vou trabalhar para buscar o maior acesso e o menor tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado. Não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas.
A "obsessão" do novo ministro é uma réplica do que Lula já vem dizendo nos bastidores nos últimos meses quando passou a cobrar enfaticamente de Nísia Trindade que gostaria de ver deslanchar o programa voltado a ampliar o atendimento especializado pelo SUS. O presidente vê nesta política pública uma chance de estabelecer uma nova marca para sua terceira gestão.
Como ministro de uma das pastas com o maior orçamento do governo, o ex-ministro da SRI deverá lidar com um Congresso empoderado diante de uma base governista fragilizada.
Nos dois anos em que comandou a articulação política do governo neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o médico acumulou desgastes na relação com o Centrão na figura de uma das principais lideranças do bloco, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
— Na política, na SRI (Secretaria de Relações Institucionais), nunca tive inimigos, mas adversários. Na saúde, terei sim um inimigo: o negacionismo e as ideologias que desprezam a vida — afirmou Padilha.
Em sua primeira passagem pelo Ministério da Saúde, entre 2011 e 2014, no governo Dilma Rousseff, Padilha lançou o Mais Médicos, que previa a contratação de profissionais para atuar em cidades do interior do país.
O programa se tornou uma vitrine do PT, apesar de ter enfrentado críticas de entidades de classe principalmente por causa da contratação de médicos cubanos.
Médico sanitarista, o novo ministro da Saúde tem uma relação próxima com Lula. Durante a pandemia da Covid-19, costumava acompanhar o líder petista