GOVERNO FEDERAL

Padilha diz que governo atuará contra projeto que anistia envolvidos no 8/1: "Aumenta aintolerância"

Segundo o ministro, o foco do governo é na aprovação de projetos da agenda econômica

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre PadilhaMinistro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (10) que o governo vai atuar para barrar a votação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que concede anistia aos presos por envolvimento em atos antidemocráticos relacionados ao resultado das eleições de 2022.

Segundo o ministro, o foco do governo é na aprovação de projetos da agenda econômica. Pautas que fugirem deste tema encontrarão resistência de parlamentares governistas.

— Sobretudo projetos como esse que levam, aumentam a intolerância, levam a um clima de beligerância dentro da própria Câmara dos Deputados. Então vamos trabalhar para que ele não seja votado nem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) — afirmou o ministro.

A declaração de Padilha se dá após movimentação do PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), que trocou três deputados que integram a CCJ às vésperas da votação do projeto que preve anistia para todos envolvidos em bloqueios, acampamentos em frente a quartéis entre 30 de outubro de 2022 e a data da promulgação da lei. Financiadores dos atos antidemocráticos também ganhariam anistia.

A disputa pela presidência da Câmara estaria por trás das mudanças. O PP, comandado pelo presidente por Ciro Nogueira, tem interesse em votar de acordo com os interesses dos deputados bolsonaristas da CCJ. Nogueira é um dos principais fiadores da candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB). O apoio da bancada do PL, que conta com 93 parlamentares, é considerado fundamental. A CCJ é presididia pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC).

“Ficam anistiados manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta Lei”, diz um trecho do projeto.

Além disso, também está prevista para hoje a votação de quatro medidas que visam restringir a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

 



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