Padre Kelmon chega à casa de Roberto Jefferson para manifestar apoio ao aliado
Ex-parlamentar se nega a cumprir determinação do STF de revogação de prisão domiciliar
O ex-candidato Padre Kelmon (PTB), que substituiu Roberto Jefferson na disputa pela Presidência, chegou em Levy Gasparian sob aplausos de um grupo de bolsonaristas que fazem vigília no entorno da casa do ex-deputado. Aos gritos de “padre, padre”, os manifestantes vestidos de verde e amarelo e adesivos do presidente Jair Bolsonaro (PL) celebraram a chegada do petebista.
Viaturas da Polícia Militar, Polícia Federal e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) fizeram um cordão de isolamento e bloquearam a rua de acesso à casa de Jefferson a cerca de 100 metros do portão de entrada.
Muitos apoiadores usam também adesivos com o rosto de Roberto Jefferson e inscrição “#Liverdade”. Nas rodas de conversa dos bolsonaristas no local, as reações oscilam. Enquanto uns estão eufóricos com a atitude de Jefferson de “combater o sistema e o STF”, outros manifestam preocupação.
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"Foi um tiro no pé isso, pode ter sido a última gota pra revolução", disse um homem em tom resignado. "Pelo menos agora o homem está resguardo. Se Bolsonaro não age rápido, tinham invadido já e atirado nele", disse outro bolsonarista enquanto chegava um camburão do BOPE.
Moradores do local e curiosos acompanham o evento como uma “acontecimento da cidade”. Enquanto um novo comboio de reforço da PM chegava, uma moradora afirmou: “Que isso, gente, até parece que é a Rocinha. Nunca vi tanta polícia”.
Entenda o caso
Roberto Jefferson reagiu a tiros no início desta tarde ao se recusar a cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que o obrigaria a retornar à cadeia – atualmente, ele cumpre prisão domiciliar.
Nas redes sociais, a ex-deputada Cristiane Brasil, filha do parlamentar, disse que o pai não se entregaria e conclamou apoiadores a seguirem para o condomínio, em apoio a Jefferson.
A nova decisão foi tomada pela Corte em função de um vídeo com ameaças feitas por Jefferson às instituições e ataques a integrantes do Poder Judiciário, como a ministra Cármen Lúcia, do STF. Em função da reação de Jefferson, que atirou contra os agentes, deixando dois feridos, a PF também vai cumprir uma ordem contra ele por dupla tentativa de homicídio.
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