Para Paulo Câmara, versão enxuta do Mansueto atende PE
Governador indicou que era importante votar
Assim que o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, anunciou, em coletiva na tarde de ontem, a nova versão mais enxuta do texto alternativo ao Plano Mansueto (PL 149/2019), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, entrou em contato com um dos líderes de Pernambuco, o deputado Wolney Queiroz, que comanda a bancada do PDT. Já com o projeto em mãos, o socialista sinalizou que era importante votar a favor desse formato final.
À coluna, o governador de Pernambuco avaliou que a proposta final anunciada por Maia, ainda que reduzida, atende a urgência do Estado em meio à crise provocada pelo novo coronavírus. Paulo Câmara faz a seguinte análise do resultado: "Faz a compensação das perdas do ICMS e ISS, em relação ao ano passado, e posterga o pagamento das dívidas com o BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Não inclui as dívidas com o BID e BIRD". A isenção de dívidas com a União, prevista originalmente no texto, acabou subtraída, uma vez que os governos estaduais já vêm conseguindo autorização para não pagarem, pelos próximos meses, junto ao Supremo Tribunal Federal. A isenção de dívidas com bancos públicos seguiu no pacote. Como antecipamos nas primeiras horas de ontem, na CBN Recife, líderes do PSB, PCdoB e PDT reuniram-se no domingo com Rodrigo Maia, via videoconferência e, na ocasião, admitiram fazer concessões de forma a viabilizar a votação. Na conversa com Maia, os parlamentares sugeriram abrir mão do espaço fiscal, que previa R$ 60 bilhões para endividamento dos Estados, item visto como entrave pelo governo. Conforme acordo, Maia anunciou as subtrações na tarde de ontem, avisando que foram retirados “pontos que geraram mais polêmica”. O democrata definiu assim: "A proposta do relator vai ficar limitada ao seguro garantia da arrecadação (ICMS E ISS)". A proposta foi aprovada com um placar de 431 a 70. O Governo Federal ainda resiste.