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Política

Paulo Câmara: 'Serviços bancários devem ser preservados'

Governador cita casos dos mais carentes e necessidade de pagamento do Bolsa Família, por exemplo

Governador Paulo CâmaraGovernador Paulo Câmara - Foto: Arthur Mota

No momento em que medidas restritivas são ampliadas pela administração estadual a cada dia, em Pernambuco, como forma de conter os impactos da pandemia do novo coronavírus, o governador Paulo Câmara, de antemão, à coluna, assegura que não cogita determinar fechamento de bancos. Indagado se há chances de os serviços bancários serem interrompidos, o governador responde de forma incisiva: "Não!". Ele argumenta o seguinte: "Alimentos, medicamentos e serviços bancários, com algumas restrições e cuidados, devem ser preservados!". Suspensão de aulas, fechamento de bares, restaurantes, shoppings, entre outros, foram alvos de decretos nos últimos dias. As restrições foram sendo ampliadas à medida que os números de casos confirmados também foram crescendo.

Ontem, o número de casos confirmados chegou a 31, quando a primeira cura clínica também foi anunciada. Em meio a esse processo, o Sindicato dos Bancários chegou a protocolar ofício, na última quinta, ao Governo do Estado, solicitando o fechamento imediato dos bancos públicos e privados como medida de prevenção. O documento alerta que a categoria "está exposta a alto risco de contaminação e disseminação do coronavírus em razão da natureza do trabalho bancário e características dos locais". Nesse cenário de emergência, o governador cita as necessidades, na iminência de serem aprofundadas pela crise instalada, da população mais carente e explica: "Na questão dos bancos, tem o seguinte: "'Pessoas pobres, que dependem do Bolsa Família, por exemplo, elas precisam sacar o dinheiro para poder comprar alimentos'". Nesses cálculos que visam a minimizar os impactos, a despeito de toda adversidade, e acabam deixando os bancos de fora do rol de decretos, entram ainda as medidas adotadas pelo Governo Federal, também no combate aos efeitos da pandemia sobre a economia. Entre elas, estão: a antecipação de abono salarial e do 13º para aposentados e pensionistas do INSS e mais saques do FGTS em estudo. Essa conta em busca de algum alívio não fecha sem os bancos. É o que sinaliza o governador Paulo Câmara.

 

Fique em casa
Tem deputado que usou máscara, ontem, para ir a um shopping do Recife, ciente de que, via decreto do Governo do Estado, esses centros de compras fecham a partir de hoje, e ele precisava...cortar o cabelo. Já andava usando a máscara após contatos com pessoas suspeitas de estarem infectadas, mas, ao se dirigir ao salão de beleza, ontem, quando a ordem é ficar em casa, confessa que recorreu a ela por: "medo de ser reconhecido" dando mau exemplo.
Zoom > Os três senadores do Estado participaram, ontem, da votação inédita, feita de forma remota pelo Senado, que aprovou o decreto de calamidade pública. Votaram 75 senadores. Para isso, utilizou-se um aplicativo, chamado zoom, que permite a criação de uma sala com mais de 200 pessoas. Cada um recebeu login e senha. Antonio Anastasia conduziu a sessão, uma vez que Davi Alcolumbre está de quarentena.
quase guerra> Do secretário da Fazenda, Décio Padilha: "Não estamos falando em confisco de forma alguma". Ele se refere às requisições administrativas. Relata ter entrado em contato com vários empresários e deve ter reunião por teleconferência com eles. Décio agradece a solidariedade, diz que vai fazer "pagamento justo e imediato". Define medida como "excepcional pelo bem coletivo". E faz alerta: "É um cenário de quase guerra".
E tome app! > Na próxima terça, a Câmara do Recife, deve votar uma proposta de mudança no regimento para permitir sessões online. A informação foi dada pelo vereador Renato Antunes, líder da Oposição, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7. Já está sendo providenciado um aplicativo, capaz de viabilizar essas votações remotas. 

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