GOVERNO LULA

Perto de enviar indicado à PGR, Lula estreita relação com Senado e prepara encontro no Alvorada

Presidente, que já recebeu grupo no Planalto, quer nova reunião com ambiente mais "descontraído"

Lula e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Lula e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado  - Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou o trabalho de aproximação com senadores, às vésperas de enviar o seu escolhido para ocupar o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a Casa avalizar.

Ele deve se encontrar mais uma vez com lideranças da Casa. Desta vez, quer receber senadores no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, em um encontro “mais descontraído”, em um fim de tarde, segundo interlocutores.

No começo do mês, Lula realizou um encontro com alguns senadores no Palácio do Planalto, com a presença de poucos parlamentares, para tratar sobre a aprovação da Reforma Tributária e começar a cumprir a promessa de que se aproximaria mais da Casa. O movimento ocorreu após a derrota na indicação para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU) e sucessivos episódios de fragilidade da base no Senado.

Neste trabalho de aproximação, Lula se reuniu pela segunda vez em menos de 15 dias com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na segunda-feira. Os dois trataram da escolha do novo PGR e da crise fiscal em Minas Gerais, tema de interesse de Pacheco. Interlocutores apontam que a definição sobre o STF não está tão próxima quanto a da PGR e deverá ser objeto de nova conversa.
 

Segundo pessoas próximas ao presidente da República, ainda “não há fumaça branca”, mas Lula está mais próximo da sua escolha. O presidente tem sido aconselhado a ter uma interlocução direta com os possíveis indicados, sem o intermédio de padrinhos.

Entre os nomes com os quais Lula já conversou, os subprocuradores-gerais Antonio Carlos Bigonha e Paulo Gonet são vistos como os mais bem posicionados hoje para ocupar o posto, ocupado interinamente pela subprocuradora-geral Elizeta Paiva desde a saída de Augusto Aras. Por não ter mandato, ela pode ser substituída a qualquer momento pelo chefe do Executivo.

Apesar da demora, Lula pode indicar um nome a tempo de ser aprovado ainda em 2023 pelo Senado, já que há pelo menos mais três semanas de trabalho legislativo até o recesso parlamentar do fim de ano.

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