PF abre inquérito para apurar supostas irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas
Ministro Flávio Dino, do STF, determinou a abertura de uma investigação e suspendeu o pagamento dos repasses
A Polícia Federal instaurou nesta terça-feira um inquérito para apurar supostas irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares que estavam previstas para serem pagas até o fim do ano.
A investigação foi aberta por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que também mandou o governo federal suspender o pagamento das verbas.
Leia também
• Bloqueio de emendas provoca reação e relator do Orçamento fala em "desgaste para o Parlamento"
• Boulos e PSOL comemoram após Dino suspender R$ 4,2 bilhões em pagamentos de emendas
• Governo vai cumprir à risca decisão do STF de suspensão das emendas, diz Padilha
A investigação será conduzida pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da corporação, que fica sediada em Brasília e é responsável por inquéritos sensíveis, como o que apura o plano de golpe de Estado.
Segundo a decisão de Dino, as indicações das emendas não atenderam a critérios estabelecidos previamente em acordo costurado entre a Corte, o Congresso e o Executivo.
Em seu despacho, o ministro determinou que a PF apure se houve algum crime na manobra feita pela Câmara para executar os recursos.
Dino também condicionou a liberação dos valores relativos a 2025 ao cumprimento de normas impostas em decisões anteriores para dar mais transparência.