STF

PF afirma que imagens indicam "aparente agressão física" de empresário a filho de Moraes

Relatório analisa imagens de câmera de segurança do aeroporto de Roma

Alexandre de Moraes, ministro do STFAlexandre de Moraes, ministro do STF - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Um relatório da Polícia Federal (PF) afirma que o empresário Roberto Mantovani Filho realizou "uma aparente agressão física" contra um dos filhos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação consta em documento da PF que analisa as imagens de câmeras de segurança do aeroporto de Roma que captaram uma confusão envolvendo Moraes, em julho.

"Constatou-se que a atitude hostil e agressiva de Roberto Mantovani Filho e de sua esposa Andreia Munarão (e mormente dela, após ela ter aparentemente implicado com a presença do ministro na entrada da sala VIP), contribuíram sobremaneira para o desencadeamento de uma discussão com o filho do ministro Alexandre de Moraes, Alexandre Barci de Moares, que culminou uma aparente agressão física de Roberto Mantovani contra Alexandre Barci", afirma o relatório.

O documento analisa a sequência de imagens capturada pelas câmeras — sem som — e identifica uma briga entre o filho de Moraes e o casal. Em certo momento, "Roberto Mantovani parece bater as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci, vindo a atingir os óculos deste e, aparentemente. deslocá-los".

Em depoimento à PF, Mantovani afirmou que "chegou a afastar com o braço" Alexandre, porque ele estaria ofendendo a sua esposa. O relatório contesta essa versão.

"O 'afastamento' alegado por Roberto, pelo que demonstram as imagens, foi na verdade um pequeno cheque (ou mesmo um tapa) com as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci, pois não é razoável imaginar que alguém que queira 'afastar' outrem de perto de si atinja com a mão o rosto da outra pessoa, e que tal atitude seja considerada algo normal, sem qualquer relevância", diz o documento.

Nesta quinta-feira, o ministro Dias Toffoli, do STF, prorrogou o inquérito que investiga o episódio por 60 dias.

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