PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa de grupo que atacou Moraes
Agentes estão em dois endereços em Piracicaba, no interior paulista, onde moram casal de empresário e genro que teriam xingado e agredido ministro
A Polícia Federal cumpre, na tarde desta terça-feira, mandados de busca e apreensão na casa do empresário Roberto Mantovani Filho, sua mulher, Andréia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta. O grupo é investigado por ter agredido e xingado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “bandido, comunista e comprado”, no aeroporto internacional de Roma. As diligências ocorrem em dois endereços na região de Santa Bárbara do Oeste, em Piracicaba, no interior paulista.
Mais cedo, Mantovani Filho negou, em depoimento à Polícia Federal, ter agredido o filho do ministro. Segundo a defesa dele, o empresário admitiu ter agido para "afastá-lo" de sua esposa, Andréia Munarão, mas que agiu assim para defendê-la de "ofensas pesadas".
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— Ele nega ter havido empurrão, ele disse que, em razão de ofensas que eram proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa. Ele sequer sabia quem era, mas era uma pessoa que fazia ofensas bastante pesadas e desrespeitosas à sua mulher — afirmou o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que representa o casal.
Como antecipado pela coluna da jornalista Malu Gaspar, em representação à PF para apuração do episódio, Moraes relatou que estava na área de embarque do aeroporto por volta das 19h quando Andreia Munarão se aproximou e deu início aos xingamentos. Em seguida, Roberto Mantovani Filho, "passou a gritar e, chegando perto do meu filho, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e deu um tapa em seus óculos. As pessoas presentes intervieram e a confusão foi cessada".
Também na representação, o ministro disse que, momentos depois, "a esposa Andréia e Alex Zanatta, genro do casal, retornaram à entrada da sala VIP onde eu e minha família estávamos e, novamente, começaram a proferir ofensas". Moraes não estava acompanhado de escolta policial no momento da abordagem, quando voltava de uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de direito.
À PF, Moraes contou ainda que foi falar com o grupo para pedir que parassem com as agressões. "Alertei que seriam fotografados para identificação posterior, tendo como resposta uma sucessão de palavras de baixo calão." As fotos foram incluas na representação. Depois disso, o ministro e sua família entraram na sala VIP e os agressores ficaram do lado de fora.