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Golpe

PF diz que tentativa golpista criou ambiente para atos de 8 de janeiro e atentado a bomba no Supremo

Informações constam em um documento de 884 páginas enviado pela PF ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes

Atentado do homem-bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal aconteceu em 13 de novembro de 2024Atentado do homem-bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal aconteceu em 13 de novembro de 2024 - Foto: EVARISTO SA / AFP

A Polícia Federal diz que a "conjuntura" golpista criada no governo Bolsonaro "fomentou" o ambiente para a realização de quatro atos extremistas ocorridos entre 2022 e 2024. São eles: a tentativa de invasão à sede da PF em 12 de dezembro de 2022; a colocação de uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília em 24 de dezembro de 2022; a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023; e o atentado do homem-bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal em 13 de novembro de 2024.

"Tal conjuntura propiciou as ações violentas presenciadas na capital Federal nos dias 12 de dezembro de 2022, 24 de dezembro de 2022 e principalmente no dia 08 de janeiro de 2023, quando foi deflagrada as ações violentas contra as sedes dos poderes constituídos com o objetivo de cooptar a adesão das Forças Armadas para consumar o Golpe de Estado. Esse método de ataques sistemáticos aos valores mais caros do Estado Democrático de Direito criou o ambiente propício para o florescimento de um radicalismo que, conforme exposto, culminou nos atos do dia 08 de janeiro de 2023, mas que ainda se encontra em estado de latência em parcela da sociedade, exemplificado no atentado bomba ocorrido na data de 13 de novembro de 2024 na cidade de Brasília/DF", diz o relatório da PF, cujo sigilo foi retirado nesta terça-feira.

As informações constam em um documento de 884 páginas enviado pela PF ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que o encaminhou nesta terça-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR).

O relatório pede o indiciamento de 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com o encaminhamento do material ao Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, passa a analisar as provas levantadas na investigação para formular uma denúncia, pedir novas diligências ou arquivar o caso.

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