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ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

PF encontra notebook do STF e arma de fogo com acampados presos no QG do Exército

Imagens divulgadas em redes sociais mostram que itens como cadeiras, mesas e até quadros foram retirados dos palácios

Atos terroristas no Distrito FederalAtos terroristas no Distrito Federal - Foto: TON MOLINAAFP

A Polícia Federal encontrou um notebook e uma caderneta com identificação do Supremo Tribunal Federal (STF) na mochila de um dos acampados presos no QG do Exército, em Brasília.

Agentes da PF também localizaram uma arma de fogo entre os bens de um manifestante que é policial militar reformado de Minas Gerais. Tratava-se de um revólver 38.

A informação foi dada por um agente da PF que participa das oitivas na Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília, para onde foram levados 1.500 manifestantes presos ontem na frente do QG - ele não quis se identificar.

A advogada Samarah Motta, que visitou o local mais cedo, contou ao Globo que viu alguns detidos com caneleiras, joelheiras e botas militares - indumentária que teria sido usada pelos manifestantes na invasão das sedes dos Três Poderes da República. Ela ponderou, no entanto, que a grande maioria detida não participou do quebra-quebra.

Nos depoimentos à PF, alguns suspeitos relatam os nomes de quem financiou as caravanas e quem os estimulou a vir a Brasília neste fim de semana.

Alguns presos foram flagrados pela PF tentando apagar imagens e mensagens do celular enquanto estavam alojados no ginásio. Os registros são usados como provas para saber se eles realmente participaram das depredações dos prédios do Supremo, Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

Como não tem efetivo para cuidar de todos os presos, a PF fez um combinado com a Polícia Militar do DF de que a área do ginásio da academia ficaria sob responsabilidade deles. É lá onde os detidos ficaram abrigados à espera de serem interrogados.

Os agentes da PF chamam os alvos em grupos de 30 cada - os primeiros da fila foram idosos, mulheres que têm filhos pequenos e pessoas com comorbidades graces. Os depoimentos duram em média de 30 a 40 minutos.

Até o fim da tarde de hoje, havia ainda cerca de 500 detidos na Academia da PF.

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