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TRAMA GOLPISTA

PF esperou Braga Netto voltar de viagem ao Nordeste para realizar prisão

General foi um dos indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado

Prédio da Polícia FederalPrédio da Polícia Federal - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A prisão do general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, ocorreu neste sábado (14) porque a Polícia Federal aguardava o seu retorno de uma viagem.

O militar, que foi candidato a vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, estava na região Nordeste do país quando saiu a determinação da prisão, na última quinta-feira, dia 12.

Fontes da PF informaram que, para evitar uma exposição desnecessária, a polícia preferiu aguardar ele retornar de viagem. O militar voltou ao Rio de Janeiro na sexta-feira (13) à noite e, na manhã deste sábado, a PF cumpriu os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.

O general da reserva foi um dos indiciados no inquérito que apura uma trama golpista. Ele foi preso por tentativa de obstrução das investigações.

No pedido de prisão, a PF aponta que Braga Netto tentou obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

No pedido de prisão, a corporação aponta que a mudança substancial nos relatos do colaborador sobre a participação de Braga Netto nos planos golpistas que visavam manter Bolsonaro no poder indica que "as ações de obstrução surtiam o efeito pretendido pela organização criminosa, na medida que retardaram a identificação de fatos relevantes".

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