PF faz operação de busca e apreensão contra assessores de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante
Ação acontece em endereços ligados a funcionários dos parlamentares
A Polícia Federal faz, na manhã desta quinta-feira (19), uma operação de busca e apreensão em endereços ligados aos assessores dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A ação mira um suposto esquema de uso de recursos de cota parlamentar para pagamentos irregulares. As buscas teriam sido autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do g1 e da GloboNews.
Investigadores também apuram indícios da prática de "smurfing", que consiste na prática de divisão de quantias em depósitos menores e sucessivos de maneira a não alardar órgãos de fiscalização.
Leia também
• Com assessores na mira da PF, Jordy e Sóstenes alegam 'pouquíssimas informações' e 'perseguição'
• Mourão e Rogério Marinho decidem acionar STF para visitar Braga Netto na prisão
• Defesa de Braga Netto nega financiamento para plano golpista
Sóstenes é ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica e ocupa a partir de 2025 o posto de líder da bancada do PL na Câmara, sigla com maior número de parlamentares na Casa. Carlos Jordy é deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi candidato a prefeito em Niterói nas eleições municipais deste ano.
Procurado pelo Globo, Jordy afirma que ainda dispõe de "pouquíssimas informações" sobre o caso, mas disse que "a medida se trata do aluguel do meu carro".
Também em entrevista ao Globo, Sóstenes Cavalcante disse conhecer dois alvos da operação — seu motorista e a dona da empresa de aluguel de carros, que seria cunhada de seu funcionário, moradora de Tocantins. Segundo o parlamentar, ele usa serviços desta companhia desde seu primeiro mandato, em 2015. A cunhada do motorista só teria comprado a empresa neste ano.
— Fiquei sabendo pela imprensa que seria um carro que alugo há muitos anos em Brasília e a mesma empresa alugaria também para o Jordy. Alugo na empresa desde meu primeiro mandato, sempre procurei o melhor preço, sempre fui muito cuidadoso com cota parlamentar, detalho cada abastecimento — disse o deputado.
Sóstenes Cavalcante afirmou "não ter nada a esconder" e alegou a possibilidade de "perseguição".
— Tenho nada a esconder, podem revirar o que quiserem, não quero acreditar que seja mais um capítulo de perseguição contra parlamentares de direita — afirmou.