PF intima líder do MBL em inquérito que apura crime contra a honra de Lula
Investigação foi motivada por título de vídeo em que grupo informa erroneamente Lula ter "aprovado aborto e mudança de sexo"
A Polícia Federal (PF) intimou Renan Santos, líder do Movimento Brasil Livre (MBL), a depor em minquérito que apura se o grupo cometeu crimes de injúria e difamação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em vídeo publicado no ano passado.
O inquérito foi aberto a partir de um pedido do então ministro da Justiça Flávio Dino, hoje na Suprema Corte, em outubro, como informou a TV Globo. A PF diz não comentar investigações em curso.
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Renan Santos, líder do MBL, confirmou que foi intimado pela PF para prestar depoimento em setembro. O que motivou a abertura da investigação foi um título de um vídeo do MBL News, que dizia: "Lula aprova aborto e mudança de sexo".
O vídeo foi publicado após o Conselho Nacional de Saúde (CNS) divulgar orientações em favor da legalização do aborto e da maconha, sem poder decisório. Para o líder do MBL, o objetivo do inquérito “é constranger” e se trata de “uma acusação ridícula”.
— O MBL havia colocado um título em nossas redes sociais para usar numa live que sequer foi utilizado. O objeto da ação do (ministro) Flávio Dino é tão descabido que ele está usando como prova um print que ele tirou de uma página de esquerda que printou o título que nós não usamos na live. É uma piada, o caso não tem pé nem cabeça. Não dá para levar isso a sério — falou ao Globo.