PGR adia decisão sobre inquérito envolvendo Bolsonaro para 2025, afirma Gonet
Rito processual e complexidade do caso indicam necessidade de maior tempo para análise detalhada
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a Procuradoria-Geral da República só deve se manifestar no próximo ano sobre o inquérito da Polícia Federal que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, acusados de tentativa de golpe de Estado.
Durante o Fórum de Integração Brasil Europa (FIBE), em Lisboa, Gonet justificou o adiamento citando a "enorme complexidade" do caso, que exige um estudo aprofundado por parte de uma força-tarefa da PGR. "Qualquer que seja a próxima manifestação, ela tem que ser muito responsável e feita de forma ponderada, segura e justa", explicou em entrevista à CNN Brasil.
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A PGR tem agora três opções para o caso: apresentar denúncia contra os indiciados, solicitar novas diligências à Polícia Federal ou arquivar o inquérito.
Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo Tribunal Federal, os acusados se tornarão réus e enfrentarão julgamento. Caso contrário, o processo será arquivado ou terá continuidade nas investigações, conforme a necessidade de mais indícios.
Gonet destacou que o processo exige cuidado e criticou qualquer tentativa de aceleração. "Não pode haver nenhum açodamento nesse processo", declarou.