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7 de setembro

PGR diz que preparação para atos antidemocráticos continua, e Moraes ordena prisões e buscas

A medida, diz a decisão do ministro, teria como base a existência de uma "suposta atuação mediata que se daria por meio de ativos alocados em pessoas jurídicas para o financiamento dos investigados e de atos antidemocráticos"

Ministro Alexandre de MoraesMinistro Alexandre de Moraes - Foto: Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República relatou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que há fortes indícios sobre a continuidade da preparação de atos antidemocráticos para o 7 de setembro e pediu prisões, buscas e bloqueio de contas bancárias de supostos financiadores.

As medidas foram autorizadas pelo ministro e são cumpridas pela Polícia Federal desde a sexta-feira (3) contra bolsonaristas que estão organizando e arrecadando fundos para a realizações das manifestações.
 


As ações são desdobramento da investigação aberta pela PGR e que mirou o cantor Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), no final de agosto. Nesta segunda (6), a casa de Gilmar João Alba (PSL), prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), flagrado com R$ 505 mil em dinheiro no aeroporto de Congonhas (SP) em 26 de agosto, foi alvo de busca da PF.

Os investigadores também estiveram no prédio da prefeitura e buscam explicação para a origem dos valores apreendidos com o prefeito.
A investigação foi solicitada pela CPI da Covid, que levantou a suspeita de o dinheiro apreendido ter como destino o financiamento dos atos de 7 de setembro.

Ao pedir as diligências, a PGR disse que era preciso ouvir Alba para que ele explicasse uma possível "ligação com o sindicato nacional dos caminhoneiros e com Aprosoja".

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja também foi alvo de busca e apreensão nesta segunda-feira (6). A suspeita de que a associação seja financiadora dos atos levou Moraes a autorizar o bloqueio de saques nas contas da entidade e dos fundos integrados por ela até quarta-feira (8).

A medida, diz a decisão do ministro, teria como base a existência de uma "suposta atuação mediata que se daria por meio de ativos alocados em pessoas jurídicas para o financiamento dos investigados e de atos antidemocráticos". O presidente da Aprosoja, Antonio Galvão, foi alvo de operação de busca e apreensão no final de agosto.

O bolsonarista Márcio Giovani Niquelatti, conhecido nas redes como "professor Marcinho", foi detido. A prisão foi realizada em Santa Catarina no domingo (5) após ele atacar e ameaçar Moraes em uma live.

Outro preso foi Cassio Rodrigues de Souza, que se apresenta na redes sociais como policial militar e falou em morte para Moraes em suas redes socias.

Ainda na sexta-feira (3), o influenciador bolsonarista Wellington Macedo foi preso preventivamente e um mandado de prisão contra o caminhoneiro Marcos Gomes, o Zé Trovão, um dos organizadores dos atos, foi expedido. A PF ainda não encontrou Zé Trovão. 

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