PGR pede ao STF a prisão de Léo de Índio
Decisão caberá a Alexandre de Moraes; Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou um recurso contra a decisão que o tornou réu
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Léo Índio, aliado da família de Jair Bolsonaro.
Réu pela suposta participação nos atos golpistas do 8 de janeiro, Índio foi para a Argentina, em meio ao avanço das investigações.
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Para a Procuradoria, Léo Índio fugiu para o país vizinho.
Na semana passada, Léo Índio confirmou ao ministro Alexandre de Moraes que está na Argentina há 22 dias.
Ele apresentou um documento do governo argentino que aponta uma autorização para permanência provisória no país até o dia 4 de junho.
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, "ao se evadir para a Argentina, Leonardo Rodrigues de Jesus deliberadamente descumpriu medida cautelar alternativa à prisão, a evidenciar sua insuficiência, o descaso com a aplicação da lei penal e desrespeito às decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal".
"A transgressão de tal medida por Leonardo Rodrigues de Jesus, além de injustificada, é causa hábil a autorizar o estabelecimento de sua custódia preventiva, nos termos do art. 282, §§ 4º e 5º, c/c o art. 312, §1º, do CPP", diz a PGR.
De acordo com a PGR, a decretação de prisão preventiva de Léo Índio deve ocorrer "para assegurar a aplicação da lei penal".
A decisão caberá a Moraes, que avaliará se acolhe, ou não, o pedido da Procuradoria. Léo Índio é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No início de março, a Primeira Turma do STF recebeu, por unanimidade, a denúncia apresentada pela PGR contra ele.
Na semana passada, ele revelou, em entrevista a uma rádio, que estava há cerca de 20 dias na Argentina.
Em outubro do ano passado, a PF informou a Moraes que foi apreendido, na casa de Léo Índio, um passaporte que consta como cancelado, e pediu "autorização para destruição do documento".
Nesta terça-feira, o pedido foi reiterado.