PGR recorre de decisão que anulou condenações de Dirceu
Ex-ministro foi condenado em 2016 por participação na Lava Jato
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu nesta terça-feira (5) da decisão do ministro Gilmar Mendes que anulou as condenações do ex-ministro José Dirceu na Operação Lava Jato.
No dia 28 de outubro deste ano, Mendes atendeu ao pedido de anulação feito pela defesa de Dirceu.
Para os advogados de Dirceu, a Segunda Turma da Corte considerou em 2021 que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao julgar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e determinou a anulação da sentença envolvendo o caso do triplex do Guarujá.
Leia também
• "Combate à corrupção esvaziado", diz Moro após anulação das condenações de Dirceu
• Gilmar Mendes anula condenações de Dirceu na Lava-Jato determinadas por Moro
• Emiliano Queiroz ficou famoso pelo papel de Dirceu Borboleta em ''O Bem-Amado''
Dessa forma, a defesa do ex-ministro pediu a extensão dos efeitos da decisão.
Ao defender a suspensão da liminar de Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que as situações jurídicas de ambos os casos são diferentes. “Não houve, tampouco, com relação ao requerente, a lembrada sequência de atos processualmente desvirtuados, que foram praticados pelo magistrado contra o réu do feito apontado como paradigma”, disse Gonet.
Em 2016, Moro, então responsável pela 13ª Vara Federal em Curitiba e principal juiz que atuou na Lava Jato, condenou Dirceu a 23 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa. A condenação tinha sido solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Veja também
Veja como votou cada deputado na urgência do projeto das emendas
