BRASIL

PL tenta reduzir PEC da Transição, mas não consegue

Proposta não foi votada na Câmara ontem, como previsto. Análise pode ficar para semana que vem

Palácio do Congresso NacionalPalácio do Congresso Nacional - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, tentou ontem reduzir o valor da “PEC da Transição” em R$ 100 bilhões, mas a alteração na proposta não foi aceita. O partido, no entanto, emplacou outras sugestões, com a supressão de trechos do texto aprovado na semana passada no Senado, o que dispensaria a PEC de voltar a ser analisada pelos senadores, obrigatório em caso de mudança de redação.

A PEC estava prevista originalmente para ser votada na quarta-feira na Câmara, pelo cronograma da equipe de transição, mas a tramitação atrasou e deve ser concluída apenas na semana que vem.

O PL apresentou quatro destaques para suprimir trechos. O mais ambicioso já foi rejeitado: retiraria R$ 100 bilhões da proposta, reduzindo o valor da ampliação do teto de gastos para R$ 45 bilhões. Isso aconteceria caso os deputados retirassem as palavras “cento e” e, consequentemente, o numeral “1” da cifra no texto.

O partido também propôs a redução do prazo de validade da medida para apenas um ano, em vez dos dois anos já aprovados, retirando a data “2024”. Essa supressão poderá ser analisada pelos deputados. O PL também quer retirar a equipe de transição das entidades que podem indicar a alocação dos recursos da ampliação do Orçamento e impedir que os valores para transporte obtidos com organismos internacionais fiquem fora do teto de gastos.
 

O relator da proposta na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), reuniu-se com líderes para discutir o texto, já que deputados do Centrão reclamam de terem sido alijados do processo no Senado. Além do PL, que já indicou os pontos que vai questionar, o Republicanos também se opôs ao texto. Parlamentares do partido também querem a redução do prazo e do valor, além da retirada de alguns penduricalhos.

Os deputados já estavam discutindo o texto da proposta de emenda à Constituição que vai viabilizar o cumprimento das promessas de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o julgamento do chamado orçamento secreto no Supremo Tribunal Federal (STF) e a disputa por ministérios no futuro governo PT travaram o processo.

Lira voltou a articular pela aprovação do texto com mais força, em reuniões com petistas e líderes do centrão.

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