PL vence disputa e deve ficar com principal comissão da Câmara, e PT terá comando de R$ 4,5 bilhões
Já a Comissão de Saúde, que conta com o maior volume de emendas a ser direcionado por deputados, com R$ 4,5 bilhões disponíveis no orçamento
A divisão das comissões temáticas da Câmara entre os partidos começa a ganhar o seu desenho final, após várias rodadas de negociações ocorridas nesta terça-feira.
Na principal disputa, ficou combinado que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é o colegiado mais disputado da Casa, por ser responsável por analisar temas jurídicos e eventuais processos de impeachment do presidente da República, ficará com o PL, partido de Jair Bolsonaro.
Já a Comissão de Saúde, que conta com o maior volume de emendas a ser direcionado por deputados, com R$ 4,5 bilhões disponíveis no orçamento anual, ficará com o PT.
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O deputado Jorge Solla (PT-BA), que é médico e foi secretário estadual de Saúde, é o favorito para o colegiado que caberá aos petistas. Por outro lado, lideranças da Câmara ainda negociam para que a CCJ não seja assumida pela deputada Caroline de Toni (SC), considerada "radical" entre os deputados.
Os últimos detalhes do acordo serão fechados na manhã desta terça e a expectativa é que os colegiados sejam instalados à tarde. Contudo, alguns ajustes e trocas entre os partidos ainda podem ser feitos de última hora.
Em outra disputa acirrada, o PP, partido do presidente da Casa, Arthur Lira (AL), ficará com a presidência da Comissão Mista de Orçamento em 2024, responsável por conduzir as discussões e a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento. Embora tenham vencido os embates pela CCJ, os bolsonaristas do PL viram a Comissão de Segurança ir para o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O colegiado responsável pela Educação, entretanto, ficaria sob a presidência do União Brasil.

