Política

Políticos de oposição criticam 'politização' e militares no Ministério da Saúde

Declarações do ministro do STF Gilmar Mendes sobre militares na pasta abriram o debate

General Eduardo PazuelloGeneral Eduardo Pazuello - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticar a atuação dos militares no Ministério da Saúde e a reação imediata da ala militar do governo às declarações do magistrado, o assunto repercutiu entre políticos de oposição, que usaram o Twitter para reforçar a crítica à condução da Saúde pelos militares em meio à pandemia do novo coronavírus.

"A palavra genocídio define a condenação à morte de dezenas de milhares de brasileiros pelo governo Bolsonaro. O dano que os generais bolsonaristas fazem à instituição militar é participar deste governo criminoso. Politizaram as Forças Armadas da pior forma possível", tuitou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. 

"Pesquisa Vox Populi, encomendada pelo PT, mostra que 82% da população nao concordam com um general como ministro da Saúde. 31% não confia nos militares, 32% confia mais ou menos, contra apenas 18% que confia muito. A imagem das FFAA está ficando ruim c/ essa mistura com Bolsonaro", escrfeveu Gleisi em outra postagem. "Ainda sobre militares na pesquisa Vox Populi, 65% acham que eles não deveriam apoiar politicamente Bolsonaro. E 68% acham que nem o Congresso
Nacional e nem o STF atrapalham seu governo", concluiu Hoffmann.


O senador Humberto Costa (PT) também citou a pesquisa para tecer críticas ao governo. 
"Pesquisa Vox Populi mostra que 82% da população não concordam com um General como ministro da Saúde. Bolsonaro será responsabilizado pelas vidas perdidas. Nada tem de patriota aqueles que lavaram as mãos diante de 73 mil mortes. Bolsonaro é mais coveiro do que presidente", tuitou o parlamentar.

Já o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon, questionou a politização da pasta diante de tantas mortes pela pandemia. "Mais de 72 mil vítimas do coronavírus, e Bolsonaro segue na sua incansável politização de uma questão de saúde. Tudo isso para tentar esconder a incompetência dele diante de toda essa tragédia. Bolsonaro não tem nenhuma solução pra tirar o Brasil da crise!", postou.

O ex-candidato à presidência da República e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) também se posicionou sobre a condução do Ministério da Saúde por militares esubiu o tom das críticas ao governo.  "Temos militares na saúde que entendem de balística ao invés de de medicina. Temos um pastor na educação que entende de punição ao invés de aprendizado. Temos um presidente que entende de morte ao invés de vida. Não tem como dar certo", escreveu Boulos no seu perfil do Twitter.

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