Logo Folha de Pernambuco
LUTO

Políticos lamentam morte de Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte

Funcionário público de carreira, político estava internado desde 3 de janeiro

Prefeito Fuad Noman Prefeito Fuad Noman  - Foto: Amira Hissa/PBH

A morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), comove a classe política nesta quarta-feira. O mandatário faleceu por complicações de um câncer, do qual foi curado no ano passado, e deixa sua companheira há 52 anos, a primeira-dama Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos.

Aliado de primeira hora do prefeito, o ex-presidente do Senado e seu correligionário, Rodrigo Pacheco, emitiu uma nota de pesar. Pacheco afirmou que sua admiração por Fuad cresceu, ao vê-lo batalhar pela vida. "Ele demonstrou um verdadeiro amor por Belo Horizonte ao não desistir da campanha eleitoral e se tornar vitorioso no pleito, sendo reeleito".

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), desejou seus sentimentos aos belo-horizontinos e à família do prefeito. "Fuad foi servidor público de carreira notável, com mais de 50 anos de serviço", afirmou.

O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi um dos primeiros a se manifestar. Em sua mensagem, Janones chamou o prefeito de "comprometido, culto, inteligente e extremamente carinhoso".

Outros mineiros se somaram ao coro. Adversária de Fuad nas eleições, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) disse estar em luto. "Fuad lutou o quanto pode pela sua saúde, sem desistir do trabalho na Prefeitura", lamentou.

Fuad estava internado no hospital particular Mater Dei, em Belo Horizonte, desde o dia três de janeiro, quando apresentou um quadro grave de insuficiência respiratória. Ao longo dos quase três meses hospitalizado, chegou a deixar a UTI, e passar períodos sem ventilação mecânica, mas na noite desta terça-feira, sofreu uma parada cardiorespiratória e precisou ser reanimado.

Desde que ganhou as eleições, esta havia sido a quarta hospitalização: o prefeito também teve pneumonia, neuropatia, sinusite e diarreia, quadros que o levaram à breves internações por se tratar de um paciente idoso e recém-curado de um câncer.

Dois dias antes de dar entrada no hospital pela última vez, Fuad tomou posse como prefeito de Belo Horizonte remotamente, uma vez que foi impedido de estar presencialmente na solenidade por recomendação médica. O vice-prefeito Álvaro Damião (União) leu uma mensagem enviada por Fuad na qual ele agradecia aos médicos pelo tratamento do câncer e também pelos atendimentos recentes, projetando estar "pronto para essa nova batalha do segundo mandato". Esta, contudo, foi sua última aparição pública.

Reeleito em outubro deste ano para governar a capital mineira, Fuad passou pela campanha eleitoral em tratamento contra um linfoma abdominal, tipo de câncer sanguíneo. Às vésperas do pleito, contudo, anunciou a remissão total do tumor.

Veja também

Newsletter