Taxação

Posição contrária à taxação do e-commerce é "imutável", afirma relator do Mover no Senado

Cunha reforçou que a posição não é apenas individual e disse ter sido procurado por senadores

Senado Senado  - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O relator do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), afirmou que a sua posição contrária à taxação do e-commerce é "imutável" e que vai defender a retirada do dispositivo no plenário nesta quarta-feira, 5. As declarações ocorreram em entrevista à GloboNews no período da manhã.

Na ocasião, Cunha voltou a reivindicar a prerrogativa do Senado de votar o texto sem fazer apenas um "carimbo" do que foi aprovado na Câmara.

"Não estamos dentro de um cartório. Não é chegar um papel da Câmara e receber carimbo do Senado", afirmou o senador à emissora. "Esse assunto para mim é imutável. Vou fazer essa defesa no plenário."

Cunha reforçou que a posição não é apenas individual e disse ter sido procurado por senadores que teriam relatado dificuldades em se manifestar em favor da taxação do e-commerce.

O senador também sustentou que o efeito da taxação é nulo para o que o varejo nacional deseja.

Além disso, o relator do Mover chamou de "especulação" as notícias sobre a disputa política que trava com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Alagoas, e disse que ambos são parte do mesmo grupo político.

Conforme mostrou a Coluna Jogo Político, do Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), há um pano de fundo na decisão de Cunha que envolve a eleição para a prefeitura de Maceió.

"O presidente Arthur Lira sabe muito bem qual é a prerrogativa de cada poder e respeita isso", declarou Cunha. "Sempre fui contra o aumento de impostos e serei. Essa é a realidade. Fora disso, é apenas especulação. Não cabe, num programa de audiência nacional, tratar de assuntos regionais de Alagoas."

A votação está prevista para esta quarta, após a tramitação emperrar na terça-feira, 4, por falta de acordo. Caso as modificações de Cunha sejam aprovadas, a matéria retorna à análise da Câmara.
 

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