Poupado por Deltan, Bolsonaro não comenta cassação de ex-procurador: "Vou continuar não falando"
Apesar de poupar ex-presidente, deputado federal cassado enfrenta abandono político por correligionários do PL
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preferiu não se manifestar sobre o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ex-mandatário esteve em São Paulo nesta sexta-feira (2) ao lado de correligionários e do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para participar de um evento militar.
— Não falei nada até agora e vou continuar não falando — limitou-se a dizer.
A ausência de manifestação por parte de Bolsonaro e de membros do alto escalão do PL demonstra o abandono político do ex-procurador lavajatista.
Apesar de alguns movimentos de revolta nas redes por parte de alguns expoentes do bolsonarismo, como Eduardo Bolsonaro (SP) e Júlia Zanatta (SC), a diretoria da sigla não demonstra desconforto com a perda do mandato do Dallagnol.
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O ex-presidente orientou, inclusive, que aliados não participassem de um ato convocado para 4 de junho em apoio a Dallagnol, que tinha o Movimento Brasil Livre (MBL) entre os organizadores. Citando “sabotagem de alas do bolsonarismo” e “esforços” do próprio Deltan “de se dissociar e se distanciar do MBL”, o Movimento também desembarcou da manifestação.
Na solenidade de entrega de espadas a 187 alunos da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, nesta sexta-feira, o ex-presidente moderou o tom ao comentar sobre demais questões, como a indicação de Cristiano Zanin para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
— A indicação é de competência privativa do presidente — afirmou Bolsonaro.
Questionado sobre a liberação, pelo corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, do julgamento da ação que pode levar à sua inelegibilidade, o ex-presidente disse que ainda não conversou com seus advogados.