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Agenda Central

PP aprova diretrizes contra aborto, liberação de drogas e volta do imposto sindical

Pelas redes sociais, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que as cláusulas são "princípios essenciais" que devem ser seguidos por todos do partido

Reunião do PP para aprovação da Agenda Central Reunião do PP para aprovação da Agenda Central  - Foto: Divulgação/PP

O PP, partido do novo ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA), aprovou nesta terça-feira uma Agenda Central que reúne "cláusulas pétreas" da legenda. Alguns dos pontos vão de encontro com agendas defendidas pelo governo federal e pela base do aliada no Congresso.

Pelas redes sociais, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que as cláusulas são "princípios essenciais" que devem ser seguidos por todos do partido e que servem para dizer que "água e óleo não se misturam", em uma referência indireta à entrada do partido no governo.

"Em nossas convicções centrais, fecharemos até questão. Seremos uma só voz".

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que conduziu a entrada da legenda na esplanada, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a "tendência natural" era que partidos com indicações em ministérios passassem para a base de apoio ao governo. Fufuca, agora ministro dos Esportes, era o líder do PP na Câmara dos Deputados.

— É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara, a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos — afrimou Lira na entrevista.

O texto aprovado pelo PP foi construído pela líder do partido no Senado, Tereza Cristina, e traz pontos em defesa da "valorização da vida desde a sua concepção", contra a discriminação das drogas e o contra o retorno da contribuição sindical, chamado de "retrocesso" no texto.

Como o Globo mostrou, o governo Lula pretende mexer em um dos principais pontos da reforma trabalhista e trazer de volta a contribuição sindical obrigatória para os trabalhadores. De acordo com a proposta do Ministério do Trabalho, a taxa seria vinculada a acordos de reajuste salarial entre patrões e empregados, que tenham intermediação sindical.

O Globo teve acesso a uma minuta do projeto, editada pelas centrais sindicais, que fixa um teto para a nova taxa de até 1% do rendimento anual do trabalhador, a ser descontada na folha de pagamento.

No texto, o PP também se coloca contrário à indicações políticas em estatais e defende as "privatizações estratégicas".

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