Presidência encontra os 261 móveis do Alvorada que teriam desaparecido após governo Bolsonaro
No ano passado, governo federal gastou R$ 196 mil com itens e alegou ausência e "péssimo estado" de peças
Os 261 móveis do Palácio da Alvorada, que teriam desaparecido após o ex-presidente Jair Bolsonaro ter deixado a residência oficial em 2022, foram localizados, segundo confirmou, nesta quarta-feira, a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal. De acordo com o órgão, os itens estavam em "dependências diversas" do palácio. As buscas pelas peças foram encerradas em setembro do ano passado.
Na primeira semana de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja abriu as portas do palácio e mostrou infiltrações, janelas quebradas e casos de má-conservação do patrimônio presidencial. Entre os problemas identificados pela nova gestão, estava também o desaparecimento de algumas peça do mobiliário.
A informação de que as 261 peças foram encontradas foi revelada pela Folha e confirmada pelo GLOBO. No início de 2023, a Presidência já havia localizado 83 móveis.
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No ano passado, a Presidência afirmou que novos móveis teriam de ser adquiridos, por conta da ausência de alguns itens e o mau estado de conservação de outros. O governo federal gastou R$ 196.770 com seis peças de móveis para a decoração da suíte presidencial do palácio do Alvorada. Parte das compras — uma cama, dois sofás e duas poltronas — foram feitas em uma loja de decoração em Brasília, com um colchão “king size” sendo adquirido em outra loja.
Os itens mais caros são o sofá, que possui um mecanismo para reclinar cabeça e pés, por R$ 65.140, e a cama, por R$ 42.230, com ambas as peças sendo revestidas em couro italiano 100% natural com tratamento exclusivo para evitar ressecamento.
"A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens", afirmou a Secom por meio de nota, em abril de 2023.
Na nota desta quarta-feira, a Secom afirma que "os bens adquiridos passaram a integrar o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem". O órgão diz ainda ter ocorrido "descaso com onde estavam esses móveis sendo necessário um esforço para localizá-los todos novamente".