Presidente do PT defende Lula e afirma que bancada ruralista não fala em nome do "sucesso do agro"
Polêmica começou com comparação de presidente entre Congresso e "raposa cuidando do galinheiro" no tema do marco temporal
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defendeu nesta segunda-feira o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e disse que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) não fala em nome "do sucesso do agronegócio".
A bancada ruralista criticou Lula por ter comparado o Congresso a uma “raposa cuidando do galinheiro”, ao comentar a possível derrubada do veto ao projeto de lei que cria o marco temporal para demarcação das terras indígenas.
Leia também
• Campos Neto faz balanço da relação do BC com governo Lula em 2023
• Coco Raízes de Acoverde homenageia Lula Calixto em single do disco "Cantando coco"
• Defesa diz que Bolsonaro "jamais" quis ficar com presentes e cobra TCU a dar tratamento igual a Lula
“Em nome de quem a Frente Parlamentar Agropecuária ataca @LulaOficial pelas posições que ele defendeu na COP 28? Em nome do Brasil e do sucesso do agronegócio é que não. Nenhum presidente fez mais pela expansão da agropecuária e sua sustentabilidade do que Lula, em seus 3 governos”, escreveu a deputada em seu perfil no X (antigo Twitter).
Em comunicado, a FPA afirmou que Lula criminalizou o Congresso.
"Lula sinaliza para a criminalização da produção rural no Brasil, para a fragilização de direitos constitucionais, em busca de perpetuação no poder e de uma democracia fraca, dependente e corrupta, incapaz de debater seriamente um tema que impacta milhares de família brasileiras, expulsas de suas casas em razão de laudos técnicos e ideológicos”, diz o comunicado.
Lula comparou o Congresso a uma "raposa cuidando do galinheiro" ao se referir ao imbróglio envolvendo o marco temporal. Em evento com movimentos sociais na COP 28, em Dubai, o presidente pediu que a ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) usasse sua simpatia para "tentar convencer os caras" (parlamentares) a não derrubarem seu veto quase integral ao projeto aprovado em setembro, em desafio a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a tese inconstitucional.