Federação

Presidente do PT diz que encontro de governador com Moro torna negociação com PSB 'azeda'

Gleisi Hoffmann afirma que não se pode 'servir a dois senhores'; Partidos discutem formação de federação

A presidente nacional do PT, Gleisi HoffmannA presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acredita que o encontro entre o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e o ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, torna mais difícil as negociações com o PSB para formação de uma federação.

 — Achei muito ruim o fato de o Casagrande ter se encontrado com o Moro. Você não serve a dois senhores  — afirmou Gleisi.

O encontro está previsto para acontecer neste sábado. Indagada se a reunião inviabiliza a aliança entre PT e PSB, Gleisi respondeu:

 — Não. Mas realmente torna a coisa mais azeda, mais difícil.

O PSB quer que o PT apoie a reeleição de Casagrande no Espírito Santo. O governador alega que o Podemos faz parte de seu governo e que conversará com Moro como também conversou com outros presidenciáveis, como Ciro Gomes (PDT).

Apesar do mal-estar, as negociações para a formação da federação, que inclui também o PCdoB e o PV devem prosseguir. Uma novo reunião deve acontecer daqui a dez dias. Haverá conversas para tentar chegar a um acordo no Rio Grande do Sul. O PT quer lançar o deputado estadual Edegar Pretto no estado e o PSB, o ex-deputado Beto Albuquerque.

Nesta sexta-feira, o PSOL, que não cogita entrar na federação, aprovou, em reunião da sua executiva nacional, a abertura de negociações com o PT e demais partidos de esquerda para firmar uma aliança eleitoral nas eleições de 2022 em torno da candidatura do ex-presidente Lula.

O partido pede que Lula se comprometa com questões programáticas. Os três principais pontos são:  revogação da reforma trabalhista, da reforma da Previdência e  do teto de gastos; medidas para financiar a transição energética e defesa de um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia; e uma reforma tributária que inclua a criação de impostos para os super-ricos.

Com relação à taxação dos super-ricos, Gleisi afirmou que

   — É uma discussão que a gente tem feito no PT. Cabe essa discussãoé necessário taxar quem ganha mais 

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